quarta-feira, janeiro 31, 2007

Depois...

Isto não deve ser encarado como qualquer tipo de desculpa ou previsão, mas se há uma verdade que é incontornável é que se o Sim ganhar o primeiro impacto (nos primeiros 2 ou 3 anos) é o aumento no número de abortos.
Porquê? Bem simples diria eu. Os únicos dados (oficiais) que nós temos de abortos hoje são os que se realizam no SNS dentro das previsões do Código Penal ou os que se presumem dentro da universalidade dos números em Espanha. Mas os que desconhecemos são os abortos em Portugal, aqueles que se fazem hoje em dia, seja em clínicas, parteiras, em casa, etc etc...
Esses sim, esses são os números que se vão apresentar depois, esses são os números que desconhecemos.
E é óbvio, deixem-me dizer já no fim, que não se vai abandonar o planeamento familiar, nem a educação sexual, nem os métodos contraceptivos, em favor de uma IVG. Não é isso que vai acontecer, e quem quer fazer passar isso ou está de má-fé ou não quer trazer seriedade a este debate.
Ah, e já agora, sim, o PS tem na sua proposta de lei a ideia de um período de reflexão e aconselhamento à mulher, pelo menos a crer nas declarações de Ana Catarina Mendonça que é a relatora na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias das propostas de Lei apresentadas e que se encontram suspensas até ao referendo.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É positivo esse período de reflexão e de maneira nenhuma poderia ter a opinião que se deveria acabar com o planemento familiar e educação sexual. Muito pelo contrário. Acho a Educação Sexual uma questão indiscutível. Tem que ser aplicada e é já. Até porque apesar de alguns dizerem que hoje há bastante informação, não se enganem. De certeza que há mais do que havia à tempos, felizmente, mas mesmo assim há um deficit ainda muito grande de informação e sensibilização. Basta olharmos para as zonas mais rurais onde os jovens não têm qualquer acesso a essa informação, nem na família (por tabu, etc.) quer na escola.

Há um longo caminho a percorrer.

E já agora, depois do referendo de 98 ouviam-se os movimentos do Não a "prometer" que iriam agora sim defender a questão do planeamento familiar e da questão da educação sexual. Hum... Não vi nada.

Cumps.

5:03 da manhã, fevereiro 01, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Não viste nada...
Porque a quem tenha interesse em não mostrar...
Mas os pelo Não fundarm mais de 40 instituições para ajudar as mulheres e crianças desde 98 e tu fizeste alguma coisa...

10:13 da tarde, fevereiro 01, 2007  

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