quinta-feira, janeiro 18, 2007

O Conceito de Saúde

Das notícias, sabemos que sai um livro chamado "Eu abortei". Autoras: Algumas Espanholas que decidiram mostrar, no papel, aquilo por que passaram, depois de terem interrompido voluntáriamente a gravidez. Foi, ao contrário do que inicialmente pensei, ao ouvir a notícia, um trunfo contra a pergunta que se faz aos Portugueses, no dia 11 de Fevereiro.
O argumentos das autoras foram ouvidos. Fica (pelo menos no meu) no ouvido a queixa de desprezo sentida por uma pessoa que abortou. Não quiseram saber por que é que ia abortar, e, posteriormente, por que é que abortou. Queixa-se, ainda das sequelas psicológicas deixadas pela intervenção.
Por ora, pergunto apenas o seguinte: se não tivessem feito o que fizeram, por não lhes ser permitido, viriam, as senhoras, apresentar o testemunho, de forma tão enérgica quanto se viu?
Obviamente viriam. Viriam porque puderam escolher e ficaram insatisfeitas por o terem feito. Viriam porque se se queixam das mazelas deixadas, também o fariam, mas pelas mazelas deixadas pelo drama de ter um filho sem meios.
Aqui, saúde foi conceito-chave, só que poderia pender para qualquer lado da argumentação.

23 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Matar é saúde! Boa...

9:27 da manhã, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

se a ideia deste post é tentar contribuir para um esclarecimento geral da população sobre o tema do aborto e do referendo que se aproxima, mais valia estar quieto...
eu sei que isto é um espaço de liberdade para divulgar opiniões, mas há algumas que nem vale a pena mandar cá para fora... esta por exemplo...

9:29 da manhã, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Não conheço nenhuma mãe que (não o sendo antes) tenha fica traumatizada por ter um filho, seja quais forem as condições.
Já ao contrário, são quase todas as que passaram pela experiência do aborto...

10:33 da manhã, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Este livro é a prova que até pessoas que fizeram um aborto estão arrependidas de o terem feito e principalemnte vêm atestar as sequelas psicológicas com que ficaram. É uma lição para todas aquelas que abortaram eainda vêm para a Praça Publica defender que o fariam de novo tantas vezes quanto fosse preciso sem qualquer respeito pela vida que nasce dentro delas.
O que estranho sempre é que qualquer argumento do Não é atacado pelos do sim só porque... sim.
Vamos lá fazer um debate sério e entrar nas razões profundas nos problemas profundos desta questão.
Só a defesa da vida pode ser possível num Estado com tanta história em defesa dos direitos humanos (lembro que por esxemplo fomos os primeiros a abolir a pena de morte), e não vamos mais uma vez regredir face à evolução da humanidade e pior, voltar a estar na cauda da europa.
Sim à vida!! Não ao aborto!!

11:23 da manhã, janeiro 19, 2007  
Blogger Luís Botelho Ribeiro said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

11:50 da manhã, janeiro 19, 2007  
Blogger Luís Botelho Ribeiro said...

O autor deste post simplesmente nivela "queixas" que estão em planos infinitamente distantes. O absurdo é tão absurdo como um juíz dar a mesma pena a um ladrão e a um assassino, com o argumento de que... «ambos procederam mal, logo estão em situação de igualdade». O que o nosso "autor" diz é que "se não se queixasse de ter feito o aborto, queixar-se-ia das dificuldades para sustentar e educar o filho." Quantas das nossas mães não se queixaram disso mesmo...
milhares de vezes?

Discutir ideias, sim. Desconversar, não. Sobretudo quando a pandilha do "sim" se arma em "paladina do pensamento, da racionalidade e da modernidade". Cuidado! Dizem que a estupidez também mata...

11:54 da manhã, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

SAÚDE = ABORTO
ESPERO NÃO FICAR DOENTE!

4:11 da tarde, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

NAO AO ABORTO!
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VIVA A VIDA!

4:28 da tarde, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Acho alguma graça ao resultado da votação neste Blogue que é a favor do Sim.

O NÃO É CAMPEÃO lol

4:29 da tarde, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

AB-ORTUS [I]
fonte: Wikipédia [adaptação]


A MORTE

Alguns biólogos acreditam que a morte tem a finalidade de permitir a evolução. Esta pode referir-se tanto ao término da vida de um organismo como ao seu estado após o evento. No campo biológico, a morte pode ocorrer para o todo, para parte ou para ambos. Podem morrer células ou órgãos e, mesmo assim, o organismo sobreviver. O contrário é também verificável no sentido de que após a morte de um organismo ser possível que um órgão ou células continuem a viver. Cientificamente é impossível trazer de novo à vida um organismo morto. Como tal, a morte é considerada pelos cientistas como sendo irreversível. Esta opinião é, entretanto, ainda discutida nos círculos religiosos que a consideram apenas uma separação do corpo e do espírito.

A MORTE HUMANA

As recentes evoluções na assistência médica em casos de risco imediato de vida - desfibrilação, ressuscitação cárdio-pulmonar, etc. - levaram a que se abandonasse a designação de paragem cardíaca e respiratória para se adoptar a definição de morte clínica: morte cerebral ou paragem cardíaca irreversivel. As pessoas são dadas como mortas quando a sua actividade cerebral cessa por completo. Essa definição levanta ainda alguma controvérsia pois existem os que, considerando que apenas o neo-cortex do cérebro é necessário à consciência, enquanto existir actividade neste elemento, deverá ser considerado que o indivíduo tenha ainda vida. Talvez a morte não ocorra num momento especial e seja o culminar de um processo. Não deve ser significativo, em termos biológicos, falar de momento exacto da morte.

A VIDA

Em traços gerais, a vida pode ser considerada como o processo que ocorre entre o nascimento e a morte de um organismo. Refere-se a uma entidade que nasceu e ainda não morreu. Biologicamente considera-se que uma entidade é um ser vivo desde que manifeste, pelo menos uma vez durante a sua existência, todos os seguintes fenómenos: Crescimento, Metabolismo, Movimento, Reprodução, Resposta a estímulos. Esta definição traz algumas discordâncias no sentido em que, por exemplo, as mulas - sendo estéreis - não seriam consideradas seres vivos.

Se nos referirmos a organismos terrestres, podemos considerar que são ainda necessários mais alguns critérios para a definição de seres vivos: Presença de componentes moleculares [hidratos de carbono, lípidos, proteínas e ácidos nucleicos], Requisito de energia e matéria para manutenção do estado de vida, Composição por uma ou mais células, Manutenção de hoemostease [a propriedade de um sistema aberto, seres vivos especialmente, de regular o seu ambiente interno de modo a manter uma condição estável, mediante múltiplos ajustes de equilíbrio dinâmico controlados por mecanismos de regulação interrelacionados], Capacidade de evoluir como espécie. Mas estas são as definições mais comuns. Existem outras ainda: A definição de vida de Francisco Varela e Humberto Maturana [amplamente usada por Lynn Margulis] é a de um sistema autopoiético [que se gera a si próprio] de base aquosa, limites lipoproteicos, metabolismo de carbono, replicação mediante ácidos nucleicos e regulação proteica, um sistema de retornos negativos inferiores subordinados a um retorno positivo superior; A definição de Tom Kinch é a de um sistema de auto-canibalismo altamente organizado naturalmente emergente de condições comuns em corpos planetários consistindo numa população de replicadores passíveis de mutação em redor dos quais evoluiu um organismo de metabolismo homeostático que protege os replicadores e os auxilia na sua reprodução; Stuart Kauffman define-a como um agente ou sistema de agentes autónomos capazes de se reproduzir e de completar pelo menos um ciclo de trabalho termodinâmico; A definição de Robert Pirsig pode ser encontrada no seu livro Lila: An Inquiry into Morals, como tudo o que maximiza o seu leque de possibilidades futuras, ou seja, tudo o que tome decisões que resultem num maior número de futuros possíveis, ou que mantenha o maior número de opções em aberto; a de um sistema que reduz localmente a entropia mediante um fluxo de energia.

A ORIGEM DA VIDA

Também neste tema não existe consenso. No entanto, a maioria dos modelos actualmente aceites baseiam-se neas seguintes descobertas: Condições pré-bióticas plausíveis resultam na criação das moléculas orgânicas mais simples, como demonstrado pela experiência de Urey-Miller; Fosfolípidos formam espontaneamente duplas camadas lipídicas, a estrutura básica da membrana celular; Processos para a produção aleatória de moléculas de RNA podem produzir ribozimas capazes de se replicarem sob determinadas condições. Existem muitas hipóteses diferentes no que respeita ao caminho percorrido das moléculas orgânicas simples às protocélulas e ao metabolismo. A maioria das possibilidades tendem quer para a primazia dos genes quer para a primazia do metabolismo; uma tendência recente avança modelos híbridos que combinam aspectos de ambas as abordagens.

O EMBRIÃO

É o concepto quando está em sua fase de diferenciação orgânica, da segunda à sétima semana depois da fecundação, etapa conhecida como período embrionário. Origina-se do embrioblasto, estrutura multicelular que, em conjunto com o trofoblasto e a blastocele, constitui o blastocisto recém-implantado no endométrio. O período embrionário termina na 8ª semana depois da fecundação, quando o concepto passa a ser denominado de feto.

O FETO

Chama-se de feto o estágio de desenvolvimento intra-uterino que tem início após oito semanas de vida embrionária (sendo conhecido antes como embrião) e vai até o fim da gestação. Após o parto, o feto passa então a ser considerado um recém-nascido.

O ABORTO
O aborto, abortamento, interrupção voluntária da gravidez, ocorre quando exista uma interrupção provocada ou espontânea de uma gravidez antes do final da gravidez. Embora se chame aborto ao processo, em termos científicos, este significa apenas o resultado da acção - o feto ou o embrião expulso do ventre materno. Do latim “ab-ortus“, privação do nascimento.

A Organização Mundial de Saúde considera que o abortamento só existe quando o peso do embrião ou feto ultrapasse os 500 gramas, peso atingido em torno das 20 a 22 semanas de gravidez. Pode ter havido ou não expulsão do produto da concepção do útero materno mas a inviabilidade verificada do produto nesta fase de concepção determina a existência de abortamento.

Existem várias classes e tipos de abortamento. Os que acontecem antes das 4 semanas de gestação são denominados subclínicos, entre as 4 e as 12 semanas são precoces e após 12 semanas denominam-se tardios. Dada a polémica do tema, foi criada terminologia que defina o aborto nos seus diferentes tipos:

Aborto voluntário ou interrupção voluntária da gravidez, também designado como aborto provocado ou procurado - é sempre considerado aborto directo, porque visa, realmente, a interrupção da gravidez ou a morte do embrião ou feto. Inclui os seguintes casos:


Aborto honoris causa, honroso ou moral - no caso de a concepção ter ocorrido devido à violação da gestante (a grávida);
Aborto eugénico ou profiláctico - no caso de o feto apresentar malformações graves;
Aborto por motivos sociais - quando a gestante alega não ter condições económicas, ou outras, para manter, com dignidade, a criança.


Aborto honoris causa, honroso ou moral - no caso de a concepção ter ocorrido devido à violação da gestante (a grávida);
Aborto eugénico ou profiláctico - no caso de o feto apresentar malformações graves;
Aborto por motivos sociais - quando a gestante alega não ter condições económicas, ou outras, para manter, com dignidade, a criança.

Aborto involuntário, espontâneo ou casual - interrupção involuntária da gravidez, também conhecido como desmancho.
Aborto indirecto, que inclui o aborto terapêutico ou aborto necessário - neste caso não se pretende provocar o aborto, mas este é o resultado da acção terapêutica que pretende manter a gestante viva.

5:09 da tarde, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

AB-ORTUS [II]
Vem o artigo anterior servir de preâmbulo às exposições que farei neste e, provavelmente, em mais artigos dedicados à temática do aborto. Embora as definições por lá encontradas pequem por evidente falta de pormenores, creio que sirvam para, pelo menos, ficarmos com uma ideia mais ou menos formada sobre a forma como as diferentes fases da existência [ou da sua anulação ou interrupção, conforme as interpretações] são definidas. Conforme lá é explicado, os textos foram copiados ou adaptados da Wikipédia que, sabemos, embora seja já uma ferramenta digne desse nome, apresenta por vezes coisas que são, no mínimo, ambíguas, como a que a seguir se expõe.

Consultando a página referente ao Biodireito, encontraremos por lá a secção correspondente à Tutela da Vida Humana que define a responsabilidade civil como

A personalidade civil aparece no nascituro com vida, mas a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro.

A concepção é momento em que o óvulo e o espermatozóide se fundem criando uma nova vida. Neste momento o espírito inicia sua ligação com o corpo que irá nascer.

Na Tutela Civil estão previstos o nascituro, a existência e os efeitos “post mortem”.

Creio que esta definição esteja escrita por alguém natural do Brasil [o restante texto asssim o parece] e não conheço a lei portuguesa no que ao tema diz respeito. Não é, no entanto, intenção minha discutir a lei mas sim reflectir sobre uma das partes da citação acima que me parece ser um dos principais pontos de discórdia no polémico tema que escolhi para, de uma vez por todas, “suicidar” este blog.

Creio que quanto à personalidade civil, está tudo muito bem. Ou seja, nós passamos a existir civilmente, com direito a número e impostos, a partir do momento em que nascemos. Não antes.

Quanto ao facto de a lei prever que na Tutela Civil estejam precavidos os direitos do nascituro, também não há dúvidas. Afinal, trata-se do nosso herdeiro genético, da continuidade da espécie, do sangue do nosso sangue.

As minhas dúvidas vão para o outro parágrafo que diz que “A concepção é o momento em que o óvulo e o espermatozóide se fundem criando uma nova vida.” e que “Neste momento o espírito inicia ligação com o corpo que irá nascer.”

Se entendermos a vida conforme ela é referida no post anterior, ficaremos com dúvidas importantes acerca de se, apenas porque um espermatozóide e um óvulo se fundiram, esta esteja criada. Pelo que entendo, da reunião de um espermatozóide e de um óvulo, o que aparece são condições para o surgimento de uma nova vida. Independentemente do facto de esta vida ser considerada como tal às X semanas ou meses, dificilmente poderemos considerar que a divisão exponencial de células que ocorre durante os primeiros tempos seja qualquer coisa que se assemelhe a um ser vivo. E é aqui que nasce uma outra dúvida: vida ou ser vivo? A que se refere a descrição da lei? E uma outra dúvida ainda: pode um suposto espírito unir-se a uma vida? Não necessita o espírito de um ser vivo? E se necessita, porquê o ser humano? Se não necessita, terão os unicelulares espírito? Que dizer do resultado de uma masturbação masculina?

Creio que estas questões são fulcrais para a discussão da problemática do aborto, embora a minha opinião seja muito simples em relação a tudo isto, como havemos de ver mais tarde.

Outras questões que não podemos pôr de parte são as relacionadas com os Direitos da Mulher. Deve a mulher sacrificar a saúde, o conforto social, a vida, a qualidade de vida do seu nascituro, enfim, deve a mulher abstraír-se de todas as condicionantes à felicidade [dela e do filho] em nome de um “dever natural” de parir, tendo engravidado seja porque motivo for? Ou deve esta pensar em todos os prós e contras relativos ao nascimento de um filho? Deveremos nós, por fim, achar que uma mulher, porque engravida, deve ter a criança futura simplesmente porque é o mais normal, desejável no plano biológico, considerável no plano ético e moral? Ou devemos pensar tudo isso e admitir excepções? As violações, as gravidezes mal formadas, os problemas de risco de saúde pós parto para a mulher ou para a criança… e se pensamos assim, porque o fazemos? Porque não pensar que, mesmo correndo risco de deficiência, mesmo sendo um produto de uma violação, a criança tem sempre direito à vida e que nos cabe a nós, à sociedade, cuidar deles, mãe e filho? E, por fim, se pensarmos assim, porque não pensamos em tratar efectivamente de todas as mães com filhos, de todas as mães quase sem eles, de todos os filhos sem mãe, de todas as mães, filhos, órfãos que passam, em pleno século XXI, a fome, a peste, a guerra, a falta de dignidade humana?

Não são estas, também, questões em que devemos pensar?

5:11 da tarde, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

AB-ORTUS [III]
A página Aborto.com é uma página espanhola. Tem muita informação acerca da matéria e dá indicações precisas acerca dos métodos utilizados, fornece informação acerca da legislação em vigor e, inclusivamente, deixa-nos um mapa das clínicas onde este se pratica. Se clicarem no ponto mais próximo de Portugal, verificarão que corresponde a Badajoz. As zonas a sombreado correspondem à área de actuação de cada clínica indicada.

Curiosamente está escrita em português.


Esta curiosidade traz implícita a definição de target de um mercado. Um mercado como qualquer outro. É que as empresas de abortos espanholas fizeram de certeza absoluta as análises que qualquer outra empresa faz, tiveram em conta todas as linhas e, sobretudo, a possibilidade de alargamento da actividade. Para agora temos as empresas de estética, depois teremos as de abortos.

Podemos pensar que a existência de clínicas de abortos a funcionar em supostas condições de excelência médica e sanitária não é prejudicial. Alguém tem de fazer o trabalho com as garantias mínimas necessárias às mulheres que recorrem a esse serviço. Mas também convém pensar que isso não irá resolver o problema.

O problema do aborto tem a ver com diversas causas que vão desde a mal formação do feto ou complicações de saúde da mulher, que passam pela dificuldade de criação de uma criança em condições de vida precária e que acabam na pura e simples negação social de uma gravidez em determinadas circunstâncias.

O problema de abortar, por sua vez, está conotado com a vergonha da confissão do “crime” e, mais ainda, com a ocultação dos motivos que o desencadearam. Vai daí que, mesmo com a existência de clínicas, hospitais, médicos e condições de segurança aceitáveis, a vergonha acabará sempre por levar a jovem que engravidou do seu namorado, a mulher casada que engravidou de um caso alheio ao marido, da “socialite” que simplesmente não quer estragar a linha nem a vida de “glamour” ou a executiva em vias de ascensão de carreira, a recorrer à “parteira” umas, ao “João” que o “Bernardo” recomendou, as outras.

No “Blogue do Não“, blog no qual aconselho a clicarem no link dos autores por mera curiosidade “toponímica”, foram publicados alguns textos de Álvaro Cunhal, supostamente publicados por alturas de tese em 1940, na Faculdade de Direito de Lisboa, com o título “O aborto, causas e soluções”.

Transcrevem por lá algumas passagens de textos do advogado, como a que passo a expôr:

“A mulher trabalhadora não pode ter ‘nurses’ para lhe cuidarem dos filhos e, por isso, estes se tornam obstáculos sérios ao desempenho da sua actividade remunerada (…)”

Sim… era uma verdade na altura, continua a ser verdade hoje em dia. Realmente, ao pensarmos na vida da Maria, a que mora ali para os lados do bairro de S. João de Deus, que sai todos os dias às 06:30h da manhã, com um ao colo e outro pela mão, cujo patrão a deixa à porta da fábrica se esta chegar mais que uns minutos de atraso, que tem de confrontar-se com os transportes e com os horários relativos da vida, que tem, por fim, que alimentar os rebentos, facilmente pensaremos que a Maria, por acaso ou acidente ficando grávida, irá ter sérias dúvidas em relação à atitude a tomar.

Por isso, não compreendo a atitude do blog que parece considerar as palavras de Cunhal como uma espécie de “pedrada no charco”, insistindo nestas em mais dois posts do mesmo teor.

É que o que Cunhal denunciava na altura era precisamente os factores sociais que levam ao aborto… nada mais. E revelou coragem por tal.

Depois, os autores parecem ter uma qualquer fixação pela Fernanda Câncio… vá lá saber-se porquê. E ficam por aí. Talvez a Fernanda Câncio tenha uma fixação por eles, o que não lhe fica bem.

Mas convém dizer o seguinte: a minha escolha do “Blogue do Não” não é vã… reflecte uma qualidade bastante superior aos restantes apoiantes da causa…

A escolha deste blog surgiu de uma busca simples. E vale o que vale. Vale sobretudo por posts do género “Descubra as Diferenças“, que reflectem o mal estar causado em volta do assunto, muito por via da desinformação. A remeter para o primeiro post desta série.

Por outro lado, temos locais como o “Associação do Planeamento da Família” que proclama as 9 razões para despenalizar o aborto proondo, como introdução à refexão, o seguinte:

Fazer um aborto nunca é uma decisão fácil, mas as mulheres têm vindo a fazê-lo desde há milhares de anos, por muito boas razões. Sempre que uma sociedade proibiu o aborto, apenas o fez entrar na clandestinidade, onde ele se tornou perigoso, caro e humilhante.
Em Portugal, uma em cada quatro mulheres já fez, pelo menos, um aborto clandestino! Este é um grave problema de saúde pública, afectando centenas de milhar de mulheres em idade fértil e sexualmente activas.
Constitui mesmo a segunda causa de morte materna. Reconhecemos que o Planeamento Familiar é essencial para diminuir o número de gravidezes indesejadas embora, na prática, não resolva totalmente o problema. Porque nenhum método anticoncepcional é infalível e porque existem lacunas nas acções de Planeamento Familiar.

As diferenças são óbvias e uma visita ao site não revelará algum tipo de “picanço” em torno do assunto ou de comentários. Adopta o estilo do que é, um site institucional de carácter informativo.

Tal como o blog anterior, importa referir que este foi também encontrado numa simples pesquisa e, também como anteriormente, reflecte uma boa qualidade relativamente à maioria do que se encontra por aí.

Para que possam tirar mais algumas dúvidas, aqui fica o encontrado na Wikipédia:

Organizações e pessoas a favor da Despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez:
Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos Women on Waves - Organização sem fins lucrativos que atua no âmbito da proteção dos direitos humanos das mulheres. O Código IVG. Artigo online. Acção para a Justiça e Paz - Portugal. Informação sobre Aborto legal - Portugal Ateísmo.net - Portugal Associação para o Planeamento da Família - Portugal Católicas pelo Direito deDecidir - Brasil Movimento Democrático de Mulheres - Portugal União de Mulheres Alternativa eResposta - Portugal Clube Safo - Portugal


Organizações e pessoas a favor da Proteção Jurídica à Vida do Nascituro
Blogue do Não -Portugal Pela Vida - Portugal Direito a viver -Portugal Não, obrigada! -Portugal Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família - Brasil Cidadãos pelaVida - Brasil Instituto Juventudepela Vida - Brasil Portal da Família - Brasil Mulheres em acção Vida universitária Federação Portuguesa pela Vida Vida -Diga não ao aborto Pró-Vida de Anápolis -Brasil Campanha Nacional Brasil sem Aborto RedeBiodireito-Medicina - Brasil

5:13 da tarde, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

AB-ORTUS [IV]
SE ÉS MULHER, TENS DE PARIR!


[Anna Szulc, excertos de artigo para o Przekroj, Varsóvia, via Courrier Internacional - transcrição integral]


[Anna Szulc, excertos de artigo para o Przekroj, Varsóvia, via Courrier Internacional - transcrição integral]


DOMINADO POR ULTRACONSERVADORES, O ESTADO POLACO VÊ NAS MULHERES MEROS RECEPTÁCULOS DESTINADOS A GERAR FILHOS. UMA MULHER REPETIDAMENTE VIOLADA PELO MARIDO SÓ SE LIVROU DELE QUANDO AS AUTORIDADES VIERAM SOCORRER… O CÃO.



A mulher polaca não faz greve, não se manifesta em público e não se pendura no candeeiro em sinal de protesto. Não luta pelos seus direitos, mas devia, sobretudo agora que os ultraconservadores estão no poder e que, em nome da tradição e dos estereótipos cuidadosamente mantidos pelos funcionários do Estado, os seus direitos mais elementares são violados.

Como polaca e como mãe, querendo ou não ser uma Mãe Polaca, estou zangada. Tenho a impressão que o meu corpo, o meu cérebro e as minhas emoções não me pertencem, mas sim aos homens polacos - pais, maridos, irmãos, vizinhos e políticos - que decidem sobre o desenvolvimento da minha gravidez, se tenho o direito de a interromper, em que condições de conforto ou desconforto vou dar à luz e amamentar e se sou capaz de sustentar o meu filho. Foi por causa dos homens polacos que eu, mulher polaca, fui relegada para a categoria dos cidadãos de segunda categoria. Como disse a romancista Dotota Maslowska: “De vez em quando, um imbecil na televisão decreta: poedeiras para o galinheiro, vão pôr os vossos ovos”.

“Desde a mais tenra idade, a partir do momento em que nos oferecem a primeira boneca, preparam-nos para o único papel que nos está destinado, o de cozinheiras e donas de casa, protectoras do lar sagrado da família”, explica BoguslawaBudrowska, socióloga e autora de um livro sobre a vida das mulheres polacas. A seu ver, embora haja “supermulheres” que tentam conciliar ambições profissionais e a vida familiar, o modelo dominante ainda é o da “Mãe Polaca”.

“Uma mulher submissa que sofre, como na época romântica, ao serviço da Nação, para quem a maternidade é uma missão, quer ela queira, quer não”, acrescenta Wanda Nowicka da federação do Planeamento Familiar. Ainda que a maioria delas aspires a mais que o bem-estar familiar [80 por cento da região de Poznan, por exemplo], são obrigadas a submeter-se ao modelo patriarcal que domina o país. Várias coisas favorecem este estado de coisas: o desemprego muito mais acentuado para as mulheres do que para os homens, a estrutura social [40 por cento das polacas são camponesas, para quem a família se deve submeter à vontade do pai], a grande influência da igreja católica e a atmosfera política actual, reforçada por divisas do Partido Direito e Justiça [PiS] e da Liga de Famílias Polacas [LPR], ambos na coligação governamental com os populistas da Autodefesa. A LPR exige reforçar a pressão fiscal sobre quem não tem filhos, o PiS quer que as polacas só possam entrar no mundo do trabalho depois de terem criado os filhos, pregando a supressão das creches, que facilitam o regresso da mulher à actividade profissional… também já privaram as mulheres da comparticipação dos contraceptivos. Mas, sobretudo, é a opinião enraizada na mentalidade polaca da superioridade das mulheres que têm filhos sobre as outras que não os têm, muitas vezes misturada com desprezo. E há a questão da violência doméstica.

Um exemplo: Janina Wojcik, de Cracóvia, boa esposa e mãe, com boa apresentação, trabalhadora. Regularmente violada pelo cônjuge. Todos os vizinhos estavam ao corrente do seu calvário, mas nenhuma das autoridades a quem a pobre mulher pediu ajuda fez o que quer que fosse, mesmo quando o marido de Janina começou a violar a filha. Foram os inspectores da Sociedade Protectora dos Animais local que a socorreram, qiando o marido violou o cão. O carrasco foi condenado a dois anos de prisão por maus tratos ao animal… “Na Polónia, a mulher é constantemente humilhada, sobretudo a partir do momento em que engravida. Reduziram-na ao papel de reprodutora. Estão-se nas tintas para a sua situação material e para a sua posição profissional ou social. Depois de grávida, o Estado trata-a com desconfiança, pensando que ela lhe pode exigir alguma coisa”, conta Nowicka.

O PROTÓTIPO DA MATRONA



Um exemplo extremo. Alicja Tysiac, mãe de três crianças, a primeira polaca a apresentar queixa contra a Polónia em Estrasburgo. Apesar das contra-indicações evidentes [miopia muito avançada] e do direito ao aborto previsto nestes casos, um médico obrigou-a a dar à luz mais um filho. “Já nem sequer vejo se dou um medicamento fora do prazo ao meu filho. Vivo com três crianças numa miséria extrema, estamos ameaçados de despejo. A minha preocupação é como comprar uma parca de Inverno para o meu filho”, diz Alicja. Dezenas de organizações católicas já protestaram contra a sua queixa. “Mas nenhuma delas bateu à minha porta, nem que fosse para saber se a criança que me obrigaram a trazer ao mundo ainda existe”, acrescenta esta mãe amargurada.

“Segundo a tendência actual, a mulher polaca deve ser mãe. Mais concretamente, uma matrona que, sem saber se tem trabalho, dinheiro, um marido que a ajude, ou muito simplesmente se é isso que deseja, deve colocar a sua barriga ao serviço de objectivos mais elevados”, comenta Elzbieta Isakiewicz, ex-redactora adjunta da “Gazeta Polska” [nacionalista], que afirma ser conservadora e católica. “A polaca não é mãe devido à sua necessidade de o ser, mas por obrigação e por uma questão de princípio”. Lembra as palavras da ex-deputada Halina Nowina-Konopcsyna [ultracatólica]: “As jovens têm o direito e a obrigação social de ter filhos, disso depende a sobrevivência da Nação”.

“Tenho a certeza de que a maternidade é o presente mais maravilhoso que existe, mas prefiro ser antimatrona. E repetir o que os sociólogos dizem: as mulheres que louvam a vida da dona de casa ou não têm escolha ou mentem”, diz Isakiewicz.

5:14 da tarde, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

AB-ORTUS [V]
Sei que os posts anteriores acerca deste polémico assunto não serão o suficiente para se formular uma opinião. Também sei que esta opinião está profundamente enraizada na forma pessoal de ver a coisa, na crença religiosa, na filiação política e, enfim, na herança cultural que todos temos inscrita no ADN.

Aqui há dias tive uma conversa à volta do tema e foi-me dito que o apoio à despenalização do aborto é próprio de quem pensa como um animal qualquer, sem uma réstea de ética ou moralidade. Dizia-me a pessoa em causa que, à luz da razão e dos valores, o apropriado será pensar que estamos a cortar pela raiz uma vida humana.

Eu penso exactamente o oposto. No contexto apresentado, creio que é animal a condição de reproduzir a todo o custo para a manutenção da espécie e seu desenvolvimento e que é racional, ético e moral, colocar questões acerca da legitimidade da escolha. É que, mesmo os animais, chegados que estão a uma situação de impedimento de alimentar os filhos - por superpopulação, por visíveis anomalias físicas ou incapacidade de sobrevivência, etc. - pensam e tratam de eliminar as crias que tenham hipóteses de não sobreviver. Fazem isso porque não abortam.

O aborto como recurso não agrada a ninguém. Sofrem os pais, muito especialmente a mulher, sofre a sociedade que deixa assim de ter mais um espécime a continuá-la. Assim, ninguém é a favor do aborto, volto a afirmá-lo. É que as hostes mais populistas da discussão apresentam a pergunta nesse contexto. És a favor ou contra o aborto? Essa pergunta não é a que se faz.

O aborto é uma trágica conclusão na maioria dos casos. As suas justificações são diversas, como diversas são as pessoas que a ele recorrem. Sabemos que este é praticado nas mais variadas classes sociais, das mais variadas formas, recorrendo aos mais variados serviços. Em todos os casos prevalece a justificação última: não tenho condições para criar a criança.

A visão romântica das pessoas que estão contra a despenalização do aborto recorre, muitas das vezes, à figura do “apoio social” às mães em dificuldades. Fazem-no como se a vida não fosse dinâmica, como se uma tijela de sopa, uma “formação de mãe”, um apoio para arranjar um emprego - falo, claro está, de uma situação ideal acerca do que considero apoio social - fossem, por si, remédio para todo o resto da vida. Mas não o é.

A vida corre, umas vezes feita por nós, outras vezes feita por coisas exteriores. E o filho está lá, para ser amamentado, para crescer, para necessitar de comida, roupa, escola, médico, carinho, conforto, condições de vida, para poder saír com os amigos, para poder ir a festas, para passar férias, para passear aos fins de semana - como qualquer outra criança que está a crescer com possibilidades de se tornar um adulto útil e perfeitamente saudável, solidamente integrado na sociedade.

O que acontece nos casos em que estas condições não podem ser suportadas e em que a mãe sofre o estigma de ter sido “mãe solteira”, sofre a tortura de ter um filho de uma violação ou, em casos extremos, resolve ter um filho com deficiência profunda, é que geram pessoas que não irão ser saudáveis ou integrar-se perfeitamente na sociedade. Nem os filhos, nem os pais.

No entanto, acho que a condição mais exigente no meio de toda esta argumentação passa “simplesmente” pelo direito de escolha do casal e, em última análise, da mulher. Correndo o risco de ser apelidado de libertino, como o fui, não vejo motivo para, por exemplo, dar à luz um filho de uma relação casual, de “uma noite”. A ter a criança, esta seria mais uma no monte já exagerado de miúdos “não desejados”. E esta é a situação mais simples que consigo referir.

Virão outros dizer que estamos a matar uma vida humana. Sinceramente, não vejo vida humana num conJunto de células que começa a tomar forma. Vejo, no máximo, uma futura vida humana. Claro que, como pai babado de uma “ervilhinha” - private joke - que já fui, sentia numa barriga que ainda nem sequer dava mostras de volume, o pulsar de uma vida, sangue do meu sangue. É claro que para aí às 3 semanas já “conversamos” com o nosso filho. Mas isso não quer dizer nada. Não quero desencantar ninguém mas o facto é que estamos a falar para um conjunto de células que não tem a mínima hipótese de sobrevivência, que nem respirar consegue, autonomamente ou com assistência. Será, na realidade, um ser vivo? Ou é simplesmente um organismo?

E porque o post já vai longo e não há muito a acrescentar, quero declarar o seguinte:

Voto NÃO à obrigação de criar filhos por exigências morais, compromissos sociais, obrigatoriedade religiosa.

Voto NÃO à hipocrisia da sociedade que pretende ajudar todos e mais alguns e, no fim de contas, apenas lhes oferece um lugar no terceiro balcão do cinema, de onde se vê as figurinhas mas não se conseguem ler as legendas.

Voto NÃO ao aborto, que é uma forma horrorosa de resolver os assuntos, creio que todas as mães votam NÃO ao aborto.

Voto SIM á despenalização do aborto, recurso cuja decisão cabe exclusivamente aos envolvidos que ajuizam a possibilidade de criar um filho.

Voto SIM à liberdade da mulher e do seu corpo e espírito.

Voto SIM à criação de uma sociedade saudável e sem preconceitos, baseada na igualdade, na justiça, na democracia.

Voto SIM à pergunta que me fazem: SE CONCORDO COM A DESPENALIZAÇÃO DA INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ, SE REALIZADA, POR OPÇÃO DA MULHER, NAS PRIMEIRAS DEZ SEMANAS, EM ESTABELECIMENTO DE SAÚDE LEGALMENTE AUTORIZADO.

E por muito que custe a determinadas cabeças, no fim de tudo isto digo:

VOTO SIM, VOTO PELA VIDA.

5:15 da tarde, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

AB-ORTUS [VI]
Tenho observado que a campanha pelo NÃO continua a pautar-se pela escolha da fórmula “NÃO AO ABORTO”. Este tipo de frase é uma falácia evidente pois do que se trata o referendo é da despenalização das mulheres que pratiquem o aborto e não da aprovação do aborto enquanto prática.
As organizações de apoio ao NÃO, com especial ênfase para as de cariz religioso optam por um tipo de campanha que apela, sobretudo, à ligação emocional dos progenitores e confunde alhos com bugalhos, não admitindo abertura alguma à discussão em torno da vida e/ou morte [?] de um feto. Não só não a admitem como obrigam a uma escolha que não é, de todo, a que é proposta no referendo.
Convém esclarecer o seguinte: não existe ninguém que, em seu juízo ou, pelo menos, sem a hipótese de fazer comércio com o assunto, possa ser a favor do aborto. Especialmente as portadoras do feto que irá ser abortado. Repito, ninguém é a favor do aborto. Creio que em plena posse de faculdades consideradas psicológica e socialmente normais todos somos contra o aborto. Por várias razões: por um lado, pela nossa natureza de mamífero e primata, somos compelidos a proteger as nossas crias e os nossos prospectos de cria. Por outro lado, sendo o primata mais evoluído de todos e, até prova em contrário, o animal mais evoluído do planeta, desenvolvemos traços que nos permitem desde muito cedo uma ligação afectiva com o feto, desde muito cedo, desde que dele temos conhecimento.
Também convém deixar por cá a seguinte ideia: do que se trata realmente o referendo é da despenalização de mulheres que, por um motivo ou por outro, foram obrigadas a recorrer a este método e que, por tal, são humilhadas e condenadas.


A minha maneira de ver as coisas não pode ser outra senão:
- Evitar as causas que levam ao aborto mediante uma rigorosa formação escolar e dotando as instituições sociais de mecanismos realmente eficazes para o combate à exclusão e perigo de pobreza das jovens mães “por acidente”
- Começar, de uma vez por todas, a educar a sociedade para a abolição de preconceitos fortemente enraizados. Talvez esta seja a causa de todos os males.
- Acabar de imediato com a humilhação a que são submetidas as mulheres nessa trágica situação, sujeitas a julgamento e pena como se de vulgares criminosas se tratassem.

5:16 da tarde, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Caro PM

"- Acabar de imediato com a humilhação a que são submetidas as mulheres nessa trágica situação, sujeitas a julgamento e pena como se de vulgares criminosas se tratassem. "

quantas mulheres foram submetidas a julgamento por terem abortado?
com quantas semanas de gravidez estavam?
quem estava nos julgamentos da maia a promover a humilhação e a usar as mulheres como estandartes?

este, sim, é um argumento falacioso!

quanto ao não ao aborto ou não à despenalização...
a despenalização do aborto, neste caso, implica a legalização de quem faz o aborto (pessoal médico incluído).
ainda..
a despenalização do aborto, por OPÇÃO da mulher, significa liberalizar o aborto até às 10 semanas!

desculpe, eu não o consigo compreender:
como é que pode votar sim por ser pela vida??

é que aborto significa acabar com uma vida em desenvolvimento!

e é por ser apaixonada pela vida e consciente da minha responsabilidade para com os que me rodeiam, que não posso votar sim.

concordo com as outras medidas que fala:
- Evitar as causas que levam ao aborto mediante uma rigorosa formação escolar e dotando as instituições sociais de mecanismos realmente eficazes para o combate à exclusão e perigo de pobreza das jovens mães “por acidente”
- Começar, de uma vez por todas, a educar a sociedade para a abolição de preconceitos fortemente enraizados. Talvez esta seja a causa de todos os males.

mas continuo convicta de que esta proposta de lei não responde às necessidades da sociedade e de cada indivíduo:

Pela VIDA, NÃO ao aborto

milene

6:00 da tarde, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Há ainda um argumento apresentado por quem faz campanha pelo "sim", que na minha opinião, e na opinião de muitos outros, é vergonhoso!

O argumento é: "A mulher tem o direito de fazer do seu corpo o que quiser!"

Já ouvi este argumento muitas vezes e fico realmente indignado!

Quando é que estas pessoas que assim pensam, tomam consciência de que um vez que a mulher engravida, já não se trata SÓ DO CORPO DA MULHER, MAS SIM DE DOIS CORPOS, DOIS SERES - A MÃE E O FILHO!

Porque é que será que tenho a sensação de que os interesses económicos é que estão a tentar que o "sim" ganhe!

Pois é...é que assim, serão instaladas em Portugal clínicas privadas com o objectivo único de FACTURAR!!!!!!!!!!!

Facturar através dos abortos, e depois através das consultas de psicologia, psiquiatria etc!

SERÁ QUE AS PESSOAS SABEM QUE O CÓDIGO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL DOS MÉDICOS NÃO PERMITE ABORTOS VOLUNTÁRIOS??


Pela vida - NÃO AO ABORTO!!!

6:33 da tarde, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

E para quem diz que despenalização do aborto nada tem a ver com aborto...essas pessoas que me digam...que leiam algumas coisas pode ser que lhe façam bem...

Essas pessoas que pensem:

Será que um conjunto de pessoas inteligentes (aparentemente!), que propõem um referendo (o governo!), e que é a favor do aborto, iria, para o referendo, propor uma pergunta do género:

"Concorda com o aborto?"

Se a pergunta fosse assim colocada, seria a derrota do sim antes de qualquer campanha.

Assim subtilmente, para que exista hipóteses para que o sim ganhe, foi proposta a mesma pergunta, mas de uma outra maneira...

Se não está provado cientificamente que é na concepção que se gera uma pessoa, então temos que ir pela prevenção para não corrermos o riscos de sermos assassinos!

Pela vida!!!
Aborto NÃO!!!!!!!!!!!!!!

6:45 da tarde, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Anonymous said...

A HIPOCRISIA do ministro da administração interna:

Pois é... hoje deu no telejornal, uma reportagem em que o nosso ministro da administração interna, dizia convictamente que, em matéria de consciência e ética pessoal, o governo não se deve meter. Apelando ao sim...

Só que se assim é PORQUE É QUE ELE ESTÁ A TENTAR INFLUENCIAR CONSCIÊNCIAS ATRAVÉS DE PROPAGANDAS E CAMPANHAS???

Se o governo não se deve meter...também não deve de forma alguma meter-se em campanhas e propaganda como tentativa de influenciar ao voto pelo sim!

10:19 AM

6:48 da tarde, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Desde quando se fica traumatizado por ter um filho "sem condições?". Que raio de conceito é esse? Então para se ter um filho sem ficar traumatizado, é preciso o quê? Ter casa própria? Eu não tenho! Ter carro próprio? Eu não tenho! Ter um ordenado 2 vezes superior á média nacional?! Ter uma máquina de Nespresso?! Quer dizer que há 1,3 biliões de indianos traumatizados por terem filhos e que não o estariam se tivessem abortado a todos?! Isto, claro, se os pais desses indianos não pensassem da mesma forma.
De facto, abortando toda a gente, consegue-se acabar com os traumatismos...da geração seguinte, que nunca chega a nascer!

7:02 da tarde, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

bem saude poderia sair para qualquer lado, se só se falasse da mae! falta o filho!

Pois puderam escolher...e viste no que deu! uma coisa k ja nao podem voltar atras!

Saude quando se mata! curioso! saude quando a mae sofre um trauma para toda a vida! curiosíssimo! saúde quando se corta um problema de uma maneira facilitista e ridicula. Lindo

10:49 da tarde, janeiro 22, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Caro CJT,
(em ABORTO III)
Adoro a ingenuidade com que refere a Associção de Planeamento Familiar, quase a sugerir a sua isenção quando a ela se refere... Quase me convencia do seu carácter meramente institucional e informativo...
Não fosse só uma das instituições que desde sempre, mais tem lutado pela introdução do aborto a pedido...

12:20 da tarde, janeiro 23, 2007  
Anonymous Anónimo said...

eu n sou uma pessoa religioso e no entanto voto pela vida...voto nao...n sei como é q existem pessoas q conseguem ser tao ingenuas :S!...pergunto m onde chegaram o nosso pais!...na minha optica legalizar o aborto por opçao da mmulher...é MATAR por opçao da mulher!...eu defendo a vida...digo nao ao aborto...digo nao as mulheres q pertendem faze lo por sua opçao...vamos criar antes outras opçoes q n o aborto!
como mulher digo q nos mercemos mais...o governo qer tornar como ombro amigo da mulher a morte...e eu n desejo isso nem por nd deste mundo...qero um governo q m de outras soluçoes...q m de condiçoes...q crie politcas natalistas...q m de td o apoio para criar um filho!
este governo qer entragar de bandeja a soluçao mais facil para as mulher...tira nos as responsabilidades e direito como maes...o nosso governo é comudista e egoisto...pois so ele beneficiara cm o aborto...nao nos mulheres...q viveremos cm o sentimento de culpa, com o pensamento da consciencia s abortar!
QERO MELHOR Q A MORTA DOS NOSSOS FILHOS; DOS NOSSO MEMENINOS!
por isso digo N.A.O. cm tds a s letras a leberalizaçao do aborto!

7:19 da tarde, fevereiro 01, 2007  

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