domingo, fevereiro 04, 2007

Hoje continuo para citações

"O Não ganhou em 1998. O que mudou? Nada. Mas não prometia o Não de então, que as coisas mudariam, como prometem hoje? Prometiam. O que mudou? Nada. As mulheres continuaram a abortar clandestinamente, a morrer e a esvaírem-se em sangue nas urgências dos hospitais quando o citotec e outros falhavam no vão de escada da parteira que sabia fazer o desmancho ou na casa de banho de casa. Afinal, o Não ganhou, mas nada mudou. Afinal, o aborto continua liberalizado (já é!), livre das 0 semanas aos 9 meses, feito quando e como se quer, em estabelecimentos não autorizados. O Sim quer tentar mudar, seriamente, estas coisas, que continuam desde que o Não ganhou em 1998. O Sim quer eliminar o aborto clandestino, a morte desnecessária, tornar o aborto raro, mas seguro. O Sim quer mudar o que o Não já provou não mudar. O Sim quer acabar com a criminalização, despenalizando a mulher, que o Não continua a criminalizar e penalizar (há mulheres condenadas neste país, mas eles gostam de fingir que não!). O Sim quer antecipar uma outra capacidade de resposta à mulher, permitindo que em vez da amiga ou do oportunista, seja um médico a aconselhá-la, evitando se necessário o aborto, que seria sempre clandestino. O Não ganhou em 1998, está na hora de mudar de práticas, de política, de lei. O Sim é essa mudança. O Não é perpetuar o que já se provou estar errado. "

"Se o Sim ganhar?, perguntam eles. E o Não quando ganhou, como foi? Pois!" ,por Miguel Marujo, no Sim no Referendo

13 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

2:21 da tarde, fevereiro 04, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Este post não corresponde à verdade:

http://guardavida.blogspot.com/2007/01/sabia-que-2.html

Foram criadas imensas associações e instituições que apoiam a mulher grávida e os recém-nascidos.

Por ser uma lista demasiado longa, não a copio para este comentário.

É por aqui que se começa o combate ao aborto clandestino.

Melhores Cumprimentos,
David Sanguinetti

3:09 da tarde, fevereiro 04, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Bem...o governo prevê gastar 10 MILHÕES DE EUROS...sim 10 000 000 € se o sim ganhar no referendo...

CAROS APOIANTES DO SIM,

AS PESSOAS MINIMAMENTE CIVILIZADAS, estariam neste momento a discutir outro argumento antes da lei do aborto, e este seria:

"Que é que se pode fazer com 10 000 000 de €, para ajudar as mulheres que pretendem abortar (recordo que mais de 90 % das mulheres aborta devido a dificuldades financeiras, e/ou porque são pressionadas pela família/namorado!!!), para que elas não abortem...

Sim, se a mulher tem dificuldades financeiras, o estado deveria ajudar essa mulher financeiramente, para que ela tivesse o filho, e não desresponsabilizar-se promovendo o aborto!

Mas parece que os apoiantes do sim, pensam apenas, não em ajudar as mulheres, mas sim em sujeitá-las uma falsa solução, que é o aborto, "chi sa" numa tentativa de desresponsabilização da própria consciência, que apenas levará a que clinicas privadas, psicólogos e psiquiatras venham a ganhar uns trocos em Portugal. Aumentando (tal como em Espanha, Reino Unido, Austrália etc, basta consultar as estatísticas oficiais!), o número de abortos aumente!

Mais...acham justo que para uma consulta no médico de família, ou de planeamento familiar, se espere 1,2,3 meses para a conseguir, e que para abortar seja quase de um dia para o outro????????

Antes de qualquer lei deste género o estado deveria, fornecer gratuitamente nas farmácias todos os contraceptivos de forma gratuita!

E mais...com 10 semanas o filho, pode nem ter sistema central...mas está tudo lá para que o tenha!

Portando, não sejamos HIPÓCRITAS, com a vida, porque contra factos não há argumentos, e assim os argumentos do sim, não chegam a lado nenhum, porque é um facto que:

a vida humana começa na concepção, e que abortando, estamos a MATAR LITERALMENTE (POIS É OS APOIANTES DO SIM NÃO GOSTAM DESTA PALAVRA, MAS TEMOS DE TRATAR AS COISAS PELO NOME DELAS!!!), A MATAR UM SER HUMANO, COM OU SEM SISTEMA CENTRAL).


Portanto sub-desenvolvidos são aqueles, que tentam resolver um problema, neste caso social e grave, não encarando-o de frente, mas através de uma escapatória desresponsabilizante, como´é o aborto!!!

Ajudem as mulheres em dificuldades a ter o filho, e verão os olhos delas cheios de lágrimas, a dizer:

"Muito Obrigada".

5:49 da tarde, fevereiro 04, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Eu difundo e acompanho

Resposta ao apelo do Padre Mário de Macieira da Lixa


2007 FEVEREIRO 02

No último dia de Janeiro, estive em Braga, a participar numa conferência-debate sobre o próximo referendo, promovida pelo Movimento MÉDICOS PELO SIM. Pelo caminho, enquanto conduzia a carrinha, fui sempre à escuta do Espírito. À entrada na cidade, estacionei e permaneci dentro da carrinha a tentar pôr por escrito o que deveria dizer, quando me fosse dada a palavra. Como estava em Braga, pensei sobretudo nas minhas irmãs, nos meus irmãos católicos do NÃO. Senti que as minhas palavras deveriam dirigir-se especialmente a elas, a eles. E escrevi um texto em forma de carta-aberta. É esse texto, retocado e melhorado à medida que o digitalizava, que aqui partilho com alegria. E como eu gostaria que ele fosse lido por todas as mulheres, todos os homens em idade de votar no referendo do dia 11. Leiam e, se assim o entenderem, difundam-no.

Ao iniciar esta minha breve intervenção, aqui em Braga, nesta sessão promovida pelo Movimento MÉDICOS PELO SIM, saúdo cordialmente as minhas irmãs católicas, os meus irmãos católicos do NÃO. Ao mesmo tempo, envio-lhes um alerta que pode ser também um fraterno reparo em três/quatro pontos. Eis:

1. Se vão votar NÃO, porque pensam que a pergunta que vai a referendo dia 11 de Fevereiro 2007 é se somos a favor do aborto ou contra o aborto, então deverão reconhecer que estão enganados, porque a pergunta que vamos referendar, sim ou não, não é essa. Se fosse, também eu votaria NÃO. A pergunta é se concordamos com a despenalização das mulheres que porventura abortem nas primeiras dez semanas de gravidez. Por isso, eu voto SIM. Porque uma lei assim, que despenaliza as mulheres que abortem nas primeiras dez semanas de gravidez acaba de vez com a lei que está actualmente em vigor e que condena as mulheres que abortarem, mesmo naquelas condições, até três anos de prisão, depois de as ter humilhado publicamente num julgamento quase sempre mediatizado nos tribunais.

2. Mas vós, minhas irmãs, meus irmãos do NÃO, devereis ter em consideração um outro pormenor importante e, então, talvez passareis do NÃO ao SIM. É que com o vosso NÃO estais a dizer à Sociedade civil e ao Estado português que quereis que as mulheres que decidiram abortar nas primeiras dez semanas de gravidez continuem a poder fazê-lo apenas na clandestinidade; e, se são pobres e vivem em condições de degradação e no seio de famílias completamente desestruturadas, que continuem a fazê-lo apenas nas abortadeiras/habilidosas, com todos os riscos para a sua saúde e sempre com o medo de virem a ser denunciadas, presas e condenadas em tribunal. É isto que queremos para as mulheres pobres que decidirem abortar nas primeiras dez semanas de gravidez? Que elas o façam apenas nestas condições de desumanidade? Eu, por mim, não quero que semelhante situação de desumanidade se arraste por mais tempo e por isso voto SIM à lei que vai a referendo. Porque com a aprovação da nova lei, também as mulheres pobres que decidam abortar passam a poder fazê-lo (nunca serão obrigadas a fazê-lo e oxalá elas não queiram nunca fazê-lo!) nos estabelecimentos públicos de saúde ou noutros devidamente autorizados, o que é muito menos traumatizante para elas e muito menos perigoso para a sua saúde (ora, como sabem, as mulheres pobres também são pessoas, não apenas as mulheres ricas e com estudos para facilmente se desenrascarem em situações como esta de que estamos aqui a tratar, a duma gravidez indesejada e não assumida). Não quereis acompanhar-me neste voto SIM? Não vedes que o vosso voto NÃO acaba por ser cruel, já que condena as mulheres pobres que abortem (as ricas safam-se sempre, porque têm outros meios para isso) a fazê-lo apenas na mais abjecta clandestinidade e às mãos de abortadeiras/habilidosas?

3. Mas há outro pormenor que deveis ter em conta e que não posso calar por mais tempo. Com o vosso NÃO à lei de despenalização do aborto estais a impedir que as mulheres grávidas passem a estar no centro da decisão de levar por diante a gravidez, ou de a interromper, caso seja esta última hipótese a sua escolha, sempre dolorosa, indubitavelmente, e por demais difícil, mas a sua escolha. E porquê? Porque a lei que vai a referendo diz que só poderá haver aborto nas primeiras dez semanas de gravidez, nos hospitais ou outros estabelecimentos de saúde devidamente autorizados, por opção da mulher grávida. E este é, para mim, o aspecto mais importante da pergunta e da lei a referendar. Porque coloca as mulheres no centro da decisão. É por opção delas, não é por opção nem dos pais, nem do marido, nem do namorado, nem das amigas, nem da pressão social, nem do Estado, nem do pároco, nem do confessor ou director espiritual, nem do bispo, nem do papa. Apenas por opção das mulheres na condição de grávidas. É por isso que eu voto SIM. E gostava que todas as minhas irmãs católicas, todos os meus irmãos católicos me acompanhassem neste SIM.

4. E aqui tenho que fazer uma pausa e perguntar-vos: Sabeis porque a hierarquia da nossa Igreja católica – os bispos e os párocos – se mostra tão furiosamente contra a lei de despenalização do aborto? (eles preferem dizer que são furiosamente contra o aborto e evitam falar em despenalização do aborto, mas é a despenalização do aborto que vai a referendo, não a liberalização do aborto e muito menos a sua imposição; porque se fosse, também eu, como já disse, votaria NÃO, obviamente). Vou revelar-vos o segredo, nem que, por causa disso, os nossos bispos se zanguem comigo. A verdade é para se dizer e praticar, porque só a verdade, como diz Jesus, o do Evangelho de João, nos faz livres. Os nossos bispos, devido, sobretudo, à (de)formação clerical que receberam e da qual não querem abdicar, para não perderem o lugar nem os privilégios, não admitem, não podem admitir que alguma vez as mulheres estejam no centro de decisões tão importantes como esta que vai a referendo dia 11. Apenas eles, nunca elas! Como sabeis, sempre foi assim nos tempos da velha Cristandade Ocidental e na Idade Média. Mas não pode continuar a ser assim. Vede, por exemplo, o que eles – bispo de Lisboa, párocos de VN Ourém, confessores/directores espirituais – no início do século XX, fizeram com a pequenita Lúcia, de Fátima; como a meteram no Asilo de Vilar, no Porto, a levaram sequestrada para um convento na Galiza e, depois, não satisfeitos, ainda a meteram num convento de clausura, até ao fim dos seus dias, sem que a pobre alguma vez pudesse decidir sobre a sua vida e o seu futuro… É isto humano? É isto evangélico? É isto cristão jesuânico? Os bispos e os párocos acham que são os únicos que sabem o que as mulheres devem fazer ou deixar de fazer, em matérias tão delicadas como as da bioética. Como diz a nova novela das noites da RTP1, “Paixões Proibidas”, as mulheres não têm que pensar, saber, entender coisa nenhuma. Apenas têm que obedecer ao pai e, na sua ausência, ao irmão mais velho e, depois de casar, ao marido; finalmente, ao pároco, ao bispo, ao papa. Ora, é aqui que reside todo o valor evangélico e cristão jesuânico da pergunta e da Lei a referendar dia 11. “Por opção da mulher”. Os bispos e os párocos que estão em campanha pelo NÃO querem convencer-nos que isto é arbitrariedade, mas não é. Isto é Maioridade, é Liberdade, é Reponsabilidade. E só por esta via chegaremos a ter mulheres verdadeiramente adultas, livres, responsáveis. E só com mulheres assim, bem no centro das decisões que a elas dizem respeito, é que se dá glória a Deus e poderemos construir uma sociedade humana e sororal.

5. Finalmente, deixo-vos, irmãs católicas, irmãos católicos, mais uma revelação decisiva para mudardes o vosso voto do NÃO para o SIM. Já reparastes (infelizmente, não temos procurado ser católicos bem informados e andamos quase sempre muito distraídos do essencial) que o Código de Direito Canónico (CDC), da Igreja, ainda é mais penalizador contra as mulheres católicas que abortarem do que a actual lei do Código Penal português? Vede só esta barbaridade canónica: as mulheres católicas que abortarem ficam automaticamente excomungadas, portanto, fora da comunhão da Igreja! Nem é preciso o Tribunal eclesiástico proferir a sentença. É automático! Porém, se as mulheres católicas grávidas, para não serem excomungadas, decidirem levar a gravidez ao fim e, logo após o parto, matarem o bebé, já não sofrem qualquer sanção canónica. Cometem, obviamente, um pecado mortal de infanticídio, mas não sofrem nenhuma sanção canónica. Estremeceram com o impacto desta revelação? Mas a realidade é esta. E porquê esta sanção canónica contra as mulheres que abortam e não contra as mulheres que matem o próprio bebé acabado de nascer? Porque decidir levar a gravidez ao final ou abortar é uma opção que só as mulheres grávidas podem protagonizar. Mais ninguém. E para que nunca as mulheres sejam sujeito de opções de tanta monta, é que a hierarquia católica recorre à excomunhão, o que, reconheça-se, em tempos de Cristandade como eram os da altura em que o CDC foi publicado, era praticamente o mesmo que matar as mulheres por apedrejamento. Mas digam-me uma coisa, irmãs, irmãos: Sem mulheres desta estatura moral, capazes de optar em matérias de tanta monta, ainda se pode falar em mulheres? Ou apenas em coisas, ou em simples barrigas de aluguer?

6. Pensem nisto e votem SIM, como eu, para que a nova lei que vai a referendo seja aprovada. Com este voto SIM estaremos, como católicas, como católicos, a dizer também à hierarquia da nossa Igreja católica que altere o CDC e deixe de excomungar as mulheres que abortem, tal como o Estado português irá deixar de as penalizar com prisão até três anos, se a lei for aprovada, como espero.
Percam os medos, irmãs, irmãos. Pensem pela vossa cabeça. E decidam segundo a vossa consciência pessoal. Deixem de pensar e de decidir pela cabeça e pela consciência funcional do clero. Façam como eu que penso pela minha cabeça e decido segundo a minha consciência pessoal. E por isso voto SIM no referendo do dia 11. Quem de vós me acompanha nesta liberdade/responsabilidade?

Dou-vos o meu afecto e a minha Paz.
Mário, Presbítero da Igreja do Porto

6:12 da tarde, fevereiro 04, 2007  
Anonymous Anónimo said...

"Dentre todos os crimes que o homem pode cometer contra a vida, o aborto provocado apresenta características que o tornam particularmente perverso e abominável." (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 58)

"No caso de uma lei intrinsecamente injusta, como aquela que admite o aborto ou a eutanásia, nunca é lícito conformar-se com ela, nem participar numa campanha de opinião a favor de uma lei de tal natureza, nem dar-lhe a aprovação com o seu voto." (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 73)

"Quando uma maioria parlamentar ou social decreta a legitimidade da eliminação, mesmo sob certas condições, da vida humana ainda não nascida, assume uma decisão tirânica contra o ser humano mais débil e indefeso." (cf João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 70)

"Não pode haver paz verdadeira sem respeito pela vida, especialmente se é inocente e indefesa como a da criança não nascida." (João Paulo II, Discurso ao Movimento Defesa da Vida, Italiano, 2002)

"A tolerância legal do aborto ou da eutanásia não pode, de modo algum, fazer apelo ao respeito pela consciência dos outros, precisamente porque a sociedade tem o direito e o dever de se defender contra os abusos que se possam verificar em nome da consciência e com o pretexto da liberdade." (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 71)

"Reivindicar o direito ao aborto e reconhecê-lo legalmente, equivale a atribuir à liberdade humana um significado perverso e iníquo: o significado de um poder absoluto sobre os outros e contra os outros. Mas isto é a morte da verdadeira liberdade." (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 20)

"É totalmente falsa e ilusória a comum defesa, que aliás justamente se faz, dos direitos humanos — como por exemplo o direito à saúde, à casa, ao trabalho, à família e à cultura, — se não se defende com a máxima energia o direito à vida, como primeiro e fontal direito, condição de todos os outros direitos da pessoa." (João Paulo II, Christifideles Laci, nº 38)

"Quando a lei, votada segundo as chamadas regras democráticas, permite o aborto, o ideal democrático, que só é tal verdadeiramente quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana, é atraiçoado nas suas próprias bases: Como é possível falar ainda de dignidade de toda a pessoa humana, quando se permite matar a mais débil e a mais inocente? Em nome de qual justiça se realiza a mais injusta das discriminações entre as pessoas, declarando algumas dignas de ser defendidas, enquanto a outras esta dignidade é negada? Deste modo e para descrédito das suas regras, a democracia caminha pela estrada de um substancial totalitarismo. O Estado deixa de ser a «casa comum», onde todos podem viver segundo princípios de substancial igualdade, e transforma-se num Estado tirano, que presume poder dispor da vida dos mais débeis e indefesos, como a criança ainda não nascida, em nome de uma utilidade pública que, na realidade, não é senão o interesse de alguns." (cf. João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 20)

"Matar o ser humano, no qual está presente a imagem de Deus, é pecado de particular gravidade. Só Deus é dono da vida!" (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 55)

"A rejeição da vida do homem, nas suas diversas formas, é realmente uma rejeição de Cristo." (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 104)


"Eu gostaria de dizer agora uma palavra especial para as mulheres que fizeram um aborto. A Igreja está ciente dos muitos factores que podem ter influenciado vossa decisão, e ela não duvida que em muitos casos foi uma decisão dolorosa e mesmo esmagadora. A dor no vosso coração pode ainda não ter sido curada. Certamente, o que aconteceu foi e permanece sendo terrivelmente errado. Mas não vos entregueis ao desânimo e não percais a esperança. Em vez disso, tentai compreender o que aconteceu e enfrentai isso honestamente.

Se ainda não o fizestes, entregai-vos com humildade e confiança ao arrependimento. O Pai de misericórdias está pronto para vos dar o Seu perdão e a Sua paz no Sacramento da Reconciliação. Vós compreendereis que nada está definitivamente perdido e sereis capazes de pedir perdão de vossos filhos, que agora vivem com o Senhor. Com o auxílio e conselho amigável e especializado de outras pessoas, e como resultado de vossa própria experiência dolorosa, podereis estar entre os defensores mais eloquentes do direito à vida para todos."

João Paulo II, na encíclica Evangelium Vitae



Entre o Papa João Paulo II, e o presbítero Mário da Lixa...


Melhores Cumprimentos,
David Sanguinetti

7:00 da tarde, fevereiro 04, 2007  
Anonymous Anónimo said...

opto pelo
presbítero Mário da Lixa...


Exactamente pela hipocrisia da citações do JP2E

do texto do Padre Mário:
Já reparastes (infelizmente, não temos procurado ser católicos bem informados e andamos quase sempre muito distraídos do essencial) que o Código de Direito Canónico (CDC), da Igreja, ainda é mais penalizador contra as mulheres católicas que abortarem do que a actual lei do Código Penal português? Vede só esta barbaridade canónica: as mulheres católicas que abortarem ficam automaticamente excomungadas, portanto, fora da comunhão da Igreja! Nem é preciso o Tribunal eclesiástico proferir a sentença. É automático! Porém, se as mulheres católicas grávidas, para não serem excomungadas, decidirem levar a gravidez ao fim e, logo após o parto, matarem o bebé, já não sofrem qualquer sanção canónica. Cometem, obviamente, um pecado mortal de infanticídio, mas não sofrem nenhuma sanção canónica. Estremeceram com o impacto desta revelação?

porquê esta sanção canónica contra as mulheres que abortam e não contra as mulheres que matem o próprio bebé acabado de nascer?"

Diga lá o JP2 alterou o CDC, o que escreveu não passa de letra morta.

Ou o CDC é apenas invocado quando interessa?

12:18 da manhã, fevereiro 05, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Gostei da sensatez e ponderação desse presbítero.

EU NÃO APONTO O DEDO! EU NÃO JULGO! EU SOU SOLIDÁRIO COM AS MULHERES! EU VOTO SIM!

11:31 da manhã, fevereiro 05, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Caro anónimo,

Creio que "hipocrisia" é uma palavra que merece que o seu conceito seja revisto pela sua parte.

Especialmente quando acusa o Papa João Paulo II (que me escuso a salientar o seu peso no sec. XX, para homens de todos os credos e até sem eles) de utilizar palavras hipócritas nos seus discursos.

O que o meu amigo disse é, no mínimo, insensato.

Além do mais, procurei informar-me, e descobri que a excomunhão não é automática. Se a mulher mostrar arrependimento, «O Pai de misericórdias está pronto para vos dar o Seu perdão e a Sua paz no Sacramento da Reconciliação». Por outras palavras, pela confissão.


Melhores Cumprimentos,
David Sanguinetti

12:12 da tarde, fevereiro 05, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Não aconteceu nada? Quem votou Não em 98 mobilizou-se para criar dezenas de associações que apoiam mães que querem ter os filhos e têm dificuldades. São os que realmente são pela OPÇÃO. Seja ela a de ficar com o filho, entregá-lo para adopção ou aos cuidados de uma mãe numa aldeia SOS, por exemplo. Opções dadas à mãe e ao bebé! Desde o referendo de 98, o Sim não moveu uma palha para dar condições de escolher às mães em dificuldade. A uma grávida com medo ou problemas económicos, só sabem dizer "vai abortar" e não lhe estendem a mão se o que ela quer é ajuda. Este é que é o direito de optar? O Sim é que não mudou nada. Continua a fazer teatrinhos na rua, em vez de fazer algo por quem precisa.

1:13 da tarde, fevereiro 05, 2007  
Blogger Unknown said...

*clap* *clap* *clap*

sinceramente este assunto ja me enerva. mas vou so deixar aqui um comentario, porque já estou farta das pessoas q apoiam o nao e acham q tudo se resolve c associaçoes. existem montes de crianças para adopçao q nunca vao ser adoptadas! isso sim era um problema para resolver! nao sei se sabem, mas n sao as senhoras do jet 7 q votam nao pq é fino que as vao adoptar! Ate digo mais! eu normalmente tenho cuidado c as minhas relaçoes sexuais e ja apanhei sustos de pensar q tava gravida e como e q era e n era, dizia aos meus pais, n dizia, abortava, n abortava... neste momento eu axo q se tivesse gravida, com a idade q tenho e com as consequencias q isso acarretava, deixava o puto a porta dum desses senhores c a mania q tudo se resolve com associaçoes! sinceramente! uma rapariga q anda a estudar e quase ja n tem dinheiro para o fazer pq os apoios do estado nem ve los, e que ainda se arrisca a acabar um curso de 5 anos e nao ter trabalho, com um namorado nas mesmas circunstancias vai ter uma criança para que?! eu nunca traria ao mundo uma criança para sofrer (quando ja ca esta fora n ha nada a fazer!) e isto parece muito frio da minha parte, mas n consigo compreender como é q se dá mais importancia a um monte de celulas que a crianças q estao nos orfanatos. essas sim precisam de apoios! façam associaçoes à vontade, eu propria faço parte duma, mas nao me venham com tretas de que tudo se resolve com associaçoes de apoio, pq n sao as asociaçoes de apoio que vao bancar com o dinheiro de criar uma criança, quando a mae possivelmente terá que abandonar a escola e procurar um trabalho para ganhar 400€ por mes, que mal chega para as despesas da casa, quanto mais para um filho. Os filhos nao sao bebes para sempre! crescem! vao para a escola. começam a querer coisas q muitas vezes os pais n lhes podem dar. ai ai... as vezes parece que as pessoas nao vivem num mundo real.

1:50 da manhã, fevereiro 06, 2007  
Blogger David Sanguinetti said...

Cara Sonya,

Tratar um ser-humano em formação como um "monte de células"?

Vou-lhe contar uma novidade: também a minha amiga é um monte de células. E também eu; um monte de células que move outro monte de células para teclar consigo.

Será que algum de nós vê as coisas de uma forma tão biológica?

A propósito: se não se sente preparada para ter um filho, porque é que continuar a tentar?

Melhores Cumprimentos,
David Sanguinetti

2:53 da tarde, fevereiro 06, 2007  
Anonymous Anónimo said...

"Além do mais, procurei informar-me, e descobri que a excomunhão não é automática"


Sejamos honestos, sabe nuito que o CDC não foi alterado.

Continua lá. Porra. Não mintam ás pessoas...


Bem sei, que se derem "um presunto ao padre" ele baptiza uma criança nascida fora do casamento católico,
deixa ser catequista um homem ou uma mulher divorciada. Ou ser Padrinho de baptismo ou de casamento. Até fecha os olhos para
essa criança entrar num seminário e poder, se tiver vocação, a ser ordenado padre.
( Só não admitem deficientes, com vocação, para sacerdotes, nem que para além do presunto, levem o porco todo )
É que isso é visível e o resto não.

Até há padres que recomendam o uso de preservativos, contrariando a orientação da Curia.




Mas não se minta, estas normas estão no CDC e são para serem aplicadas.

12:50 da manhã, fevereiro 07, 2007  
Anonymous Anónimo said...

"eu nunca traria ao mundo uma criança para sofrer (quando ja ca esta fora n ha nada a fazer!)"

Sonya, quando já está cá fora também há o que fazer. Podes afogá-lo, torcer-lhe o pescoço, dar-lhe um tiro... Não vai sofrer mais do que um feto que é envenenado pela contaminação do líquido amniótico ou que é aspirado e dilacerado, membro a membro.
Se é matando que demonstras o amor a bebé que não queres que sofra, podes ir aos bairros da lata com uma G3. E já agora, a África, à Ásia, à América Latina... Acaba com todas as crianças que sofrem, se achas que é assim que se acaba com o sofrimento delas.

Se, pelo contrário, achas que é acolhendo e ajudando que se resolve o sofrimento, junta-te a uma associação de apoio à vida e ajuda os psicólogos, médicos, assistentes sociais que ajudam grávidas que, sem aquele apoio, teriam apenas a tal única "opção" que os do Sim advogam. Se não lhe é dada outra escolha, então o Sim não está pelo direito de optar.
Já agora, gostava de saber qual é a associação de apoio à vida com a qual dizes colaborar. Para saber se é alguma daquelas com as quais colaboro ou tenho contacto. Deves ser a primeira e única defensora do Sim a trabalhar lá.

E se tiveres ainda mais coragem, junta-te a uma ONG e vai ajudar os que estão em África, na Ásia, na América Latina (ou matá-los, se achas que é com a morte que se resolve o sofrimento).

E reivindica ao teu Estado medidas sérias de incentivo à natalidade, protecção das trabalhadoras grávidas, abonos que se vejam, financiamento dos centros pró-vida e restituição dos serviços de urgência e maternidades encerrados. Se não há dinheiro para reconverter estes serviços, parece-me uma incongruência que o haja para financiar clínicas de aborto.

6:05 da tarde, fevereiro 07, 2007  

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