domingo, fevereiro 11, 2007

Conseguimos!


RESULTADOS: Total do País
Freguesias apuradas
4260
Freguesias por apurar
0
Inscritos -8832628
Votantes - 3851613 - 43.61%
Em Branco - 48185 - 1.25%
Nulos - 26297- 0.68%

Opções
Votos: %

Sim - 2238053 -59.25%

Não - 1539078- 40.75%

Percentagem calculada sobre votos validamente expressos (brancos e nulos excluídos)
FONTE: STAPE


Ver o Mapa do País aqui!

40 Comments:

Blogger BeHappy said...

Uma vitória, principalmente das mulheres!

10:18 da tarde, fevereiro 11, 2007  
Blogger Лев Давидович said...

Estou muito triste, porque perdemos na sondagem do nosso blog.
Que vergonha. Como passará o país depois desta trágica noticia?

12:51 da manhã, fevereiro 12, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Espero que vos pese na consciência para o fresto da vida. Que vergonha!

Realmente entrámos no século XXI como disse o atrasado mental do Louçã... o século da decadência humana, da irresponsabilidade e da falta de valores. Um hino à civilização decadente

12:43 da tarde, fevereiro 12, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Como é possivel que se utilize a vida humana para fazer campanha política e para promover a personalidade de alguns líderes politicos ávidos de publicidade e ávidos por cair nas boas graças da população, como todos esses Sócrates da vida.
Como é possivel que se utilize a vida humana para promover movimentos ultra-radicais da mulher que nunca quiseram igualdade de direitos, mas sim a supremacia sobre o homem. Mulheres estas que até já têm poder para exterminar uma vida humana e não lhes pesar na consciência.

1:54 da tarde, fevereiro 12, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Condenámos a morte de milhares de inocentes no século XX, durante a segunda guerra mundial, e apelidamos esse extermínio de Holocausto.
Agora, no século XXI cometemos o mesmo holocausto com milhões de crianças inocente que nem tiveram chances de implorar pela vida.

1:57 da tarde, fevereiro 12, 2007  
Anonymous Anónimo said...

E os homens que se deixam levar pela estúpida lenga-lenga são tão otários que não se apercebem que não podem dizer que querem ficar com o filho. Porque agora, esta mulher desumana, pode decidir abortar somente porque acordou com os pés fora da cama. Esta mulher desumana que o fez mas não o quer assumir. Mas o homem, que é o pai, não tem voto na matéria.

2:08 da tarde, fevereiro 12, 2007  
Anonymous Anónimo said...

E o homem que a defende é tão culpado como ela.

2:20 da tarde, fevereiro 12, 2007  
Blogger madalena said...

Mas a luta ainda não acabou.
Há exigências a fazer e são muitas.

-consulta obrigatória com a intensão de dissuadir a mulher de abortar (como acontece em muitos países da europa e porque todos concordamos que o aborto deve ser evitado)
-apoios e insentivos à natalidade (como acontece em muitos países da europa e porque todos concordamos que o aborto deve ser evitado e porque a nossa população está a envelhecer)
-criminalização de todo o homem, pai, marido, patrão, médico que incentive ao aborto (porque todos concordamos que o aborto deve ser evitado)
-consultas de planeamento familiar obrigatória pós-aborto (porque as mulheres que votaram sim mais do que fazer um aborto querem não ter que fazer um aborto)
-Educação para a paternidade responsável (porque isso, sim, é viver numa sociedade moderna)
Entre outras coisas que fomos percebendo nesta campanha estarem erradas no nosso país e nas quais SIM e NÃO estiveram de acordo.

3:38 da tarde, fevereiro 12, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Maneira como o sim encara a vitória:
"Лев Давидович said...
Estou muito triste, porque perdemos na sondagem do nosso blog.
Que vergonha. Como passará o país depois desta trágica noticia?"
eu, do não, tenho pena disto: do rancor, da extrema irritação que marca o lado do sim, que teve uma visão unilateral dum problema bilateral, porque apenas olhou para a mulher.
Com certeza que é preciso olhar para a mulher, mas em duas coisas as duas campanhas estiveram em consenso: há que criar alternativas para proteger a mulher; e: há vida humana desde a concepcção.
-o primeiro problema foi resolvido da pior maneira, já que como se diz: "ninguém é a favor do aborto" (no entanto foi isso que o Estado acabou de dar). À pergunta da mulher ao Estado: "que apoio me dá o Estado nesta altura dificil?", o Estado diz-nos hoje: "o ABORTO", demarcando-se de qualquer outro tipo de intervenção.
-o segundo, ser humano, pode ser agora interrompido (???????????).
pergunto: ONDE É QUE ESTÁ O EQUILIBRIO?????????????? ONDE!!!??? ONDE????ONDE??????

Não queria acabar sem deixar aqui o comunicado do Não, depois de conhecidos os resultados.
a minha intenção ao deixar aqui o comunicado é mostrar a diferença de atitude, a preocupação com os dois lados - mãe e filho - que, aliás, já era manifesta com a criação de mais de 55 instituições de apoio ás mulheres grávidas, ou que acabaram se abortar.
repito o comentário infeliz e a atitude de um membro que aqui escreveu:
"Лев Давидович said...
Estou muito triste, porque perdemos na sondagem do nosso blog.
Que vergonha. Como passará o país depois desta trágica noticia?".


o comunicado do não:


"Caros amigos;

No final desta campanha são-vos devidas umas palavras que agora me sinto na obrigação de proferir em nome dos que ficaram sem voz neste esforço notável de campanha.

Partimos para esta campanha com a certeza de que, independentemente do resultado, não terminaria com a ida às urnas. Eis-nos chegados a esse momento. Preferíamos ter recebido o alento da maioria dos eleitores, a confiança do país e o apoio da sociedade política, mas o que temos que fazer é exactamente o mesmo: continuar no nosso esforço por defender a verdade e a vida.

Se por um lado a vitória nos teria responsabilizado diante da sociedade política, a derrota responsabiliza-nos diante da nossa consciência (talvez agora obtenhamos a absolvição do Frei Bento Domingues O.P.)

Todos somos conscientes que uma campanha não muda nada, não mudaria nada no caso da vitória …tudo está por fazer! Em primeiro lugar arrumar a casa, fazer contas e pagar as dívidas. Depois continuar com o trabalho, comprometer-nos mais, ir a montante, porque já não temos o estado nem a sociedade política como garantes da nossa boa vontade e agora precisamos de muito mais do que boa vontade.

Esta derrota é um apelo à nossa responsabilidade e cidadania, temos agora que congregar à nossa volta todos os que defenderam que "ninguém é obrigado a fazer o aborto". À abstracção legal do aborto livre nós respondemos com o concreto esforço de impedir que alguém seja forçado a fazê-lo.

Mas essa nova batalha não dura três semanas, exige de nós um compromisso quase subversivo, exige que gritemos à geração aborto livre: «Nós somos aqueles contra quem os vossos pais vos preveniram». Acompanhados por uma generosa multidão de mais de milhão e meio de portugueses, é o momento de lançarmos ainda mais iniciativas que assegurem que nenhuma mulher escolha o aborto.

Quando os exércitos franceses se renderam na II Guerra Mundial e se iniciou a Resistência a ideia era clara: o estado não mais garantia a segurança, a fronteira passou a ser a de cada indivíduo, «Surveille toi-même» passou a ser a palavra de ordem.

Cada um de nós passa agora a ser responsável por si e pelos seus, o estado não mais velará pela recta intenção e todos os atrasos são fatais, toda a tibieza resulta culpável e toda a transigência é uma traição: «Surveille toi-même». Procuremos, cada um, cuidar do depósito das suas convicções, quando a vida estiver em risco, teremos de as exprimir com a mesma generosidade com que as expressámos neste referendo, porque «há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não."

Obrigado e até breve

5:57 da tarde, fevereiro 12, 2007  
Blogger epb said...

ultimas notas:
fontes, se voce tivesse sido tratado, como nós fomos por e-mail, neste ultimo mês, ainda por cima por anónimos, de certeza que compreendia a declaração do meu colega.
madalena: concordo plenamente consigo. Aliás, eu penso inclusive que a mulher deve ter um acompanhamento psicologico pré e pos aborto.

6:39 da tarde, fevereiro 12, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Caro Eduardo:
Espero que tenha percebido que em qualquer dos meus comentários nunca fui agressivo e sempre evitei sê-lo. Tenho, disso, a consciência tranquila.

Peço-lhe, então, que me responda, porque me custa falar, perguntar, e nunca ver uma resposta pública, como o seu blogue pretende ser:
-onde é que está o equilibrio, na nova lei, entre a lei e o ser humano que está para nascer? não vale dizer que está no prazo de dez semanas estabelecido, porque nesse prazo já nem é um aglomerado de células qualquer, nesse prazo todos os órgãos estão presentes. O coração bate vigorosamente. O estômago produz sucos digestivos (gástricos). O fígado fabrica células sanguíneas. Os rins começam a funcionar. Já tem paladar. A criança mede 3 cm aproximadamente.
Explique-me, mesmo: o que é isto que acabei de descrever?
se calhar depois falaremos da mulher, mas para ja pergunto-lhe estas duas coisas:
-onde é que está o equilibrio, na nova lei, entre a lei e o ser humano que está para nascer?
e
-o que é aquilo que descrevi?

7:31 da tarde, fevereiro 12, 2007  
Blogger Лев Давидович said...

Eu encaro a vitória como algo positivo para as mulheres.
A agressividade é toda sua.
Perdeu. Conforme-se.

7:41 da tarde, fevereiro 12, 2007  
Anonymous Anónimo said...

desculpe eduardo pinto bernardo, mas deixe-me só aqui comentar o Лев Давидович:
o problema é que eu acho que voçe também perdeu...acho que todos perdemos...
não digo isto para o irritar, mas porque é o que acho..perdemos todos...
eduardo, gostava muito que pudesse responder ás minhas perguntas, peço desculpa de insistir..

7:46 da tarde, fevereiro 12, 2007  
Blogger Лев Давидович said...

Não me irrita nada. Tem direito à opinião.

8:51 da tarde, fevereiro 12, 2007  
Anonymous Anónimo said...

"MADADELA"'s

" entenda isto dirigido à ICAR como suporte do movimento do Não e a todos os que entendam enviar a carapuça"

É pena que SÓ AGORA defendam a Educação Sexual e as Consultas de Planeamento.

Quando este tema vem á discusão para se iniciar a Educação Sexual nas Escolas é vê-los a disparar em todos os sentidos CONTRA.

Vem padres reclamar, vêm as Associações de Pais, de Movimentos cívicos etc. passar atestados de incompetências aos docentes e a outros técnicos. É vê-los a condenar o uso de preservativo etc.


Por mim Benvindos!

Oxalá COM TODOS e COM TODAS se inicie uma verdadeira EDUCAÇÂO SEXUAL neste país onde 50% dos jovens
se estão a "cagar" para o uso do preservativo.

Vamos lá unir esforços para que efectivamente o ABORTO acabe de vez.


E a ICAR tem que dar um grande passo em frente.

Será para valer o que a MADALENA DISSE ou vamos depois a andar boicotar as aulas de Educação Sexual e as Campanhas do Preservativo?

ANTÓNIO

9:07 da tarde, fevereiro 12, 2007  
Blogger madalena said...

Educação sexual não são só preservativos. É também ter consciência daquilo que faço e das consequências que os meus actos têm com ou sem o preservativo.
É saber educar para que aquilo que fazemos seja expressão verdadeira e livre daquilo que sentimos. E isto é que me parece o mais importante.
E não podemos ficar sentados a aplaudir dissertações intelectuais há que agir. E penso que estas exigências são luta do não e responsabilidade particular do sim.

11:00 da tarde, fevereiro 12, 2007  
Blogger Pedro said...

SIM à EDUCAÇÃO SEXUAL nas escolas!

SIM à EDUCAÇÃO CÍVICA, POLÍTICA E SOCIAL nas escolas!

:)

12:41 da manhã, fevereiro 13, 2007  
Blogger Pedro said...

E já agora uma pequena contribuição: Acho que as aulas de Educação Sexual deviam ser dadas por profissionais tais como enfermeiros ou técnicos de saúde.

Não concordam?

Cumps.

12:43 da manhã, fevereiro 13, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Não adianta muito porque afinal falamos de coisas diferentes

Esta gente não quer saber da educação sexual quer é incutir, E BEM, responsabilidade, mas sem as pessoas dominarem o facto ou até saberem do que estão a falar

Desconhecem que na Educação sexual, o acto de incutir responsabilidade está lá, na própria educação.

Dominando o tema do sexo e dos afectos ( nunca falam dos afectos) a relação a dos é mais responsavel.

Sim porque afastam SEMPRE o afecto.

Com afecto a relação a dois tem mais responsabilidade mutua.

Porque estão contra o AFECTO?

Madalena o uso do preservativo é um acto da afecto.


Só o facto de ele se preocupar em não lhe provocar uma gravidez é uma prova de amor e afecto.
e evita o aborto clandestino ou como vocês lhe chamam LIVRE.

E prova que partilha o acto responsavelmente sem o egoismo do "prazer só dele"


Vamos lá pra educação sexual
p´ro factos e pró preservativo

Tá?
Valeu?

12:48 da manhã, fevereiro 13, 2007  
Anonymous Anónimo said...

P'ros AFECTOS


António

12:50 da manhã, fevereiro 13, 2007  
Anonymous Anónimo said...

O tempo da conversa já acabou. Garanto-vos que a primeira clinica de abortos que abrir na minha cidade (Lisboa) será também a última.

1:07 da tarde, fevereiro 13, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Domingo foi a gota da água, já estamos prontos para entrar na Era da decadência, da falta de valores, da destruição da família, da destruição da vida, uma sociedade que confundo liberdade com libertinagem, onde existe liberdade às custas de tudo e todos, até de Seres Humanos, onde a liberdade já não está vinculada à responsabilidade.
Cansa, entristece, envergonha, enoja. Numa Era em que são proibidas as touradas de morte (coitadinhos dos animais), mas é permitido o aborto. Uma Era em que o valor da vida animal irracional é mais valorizado que o valor da vida humana. Uma Era em os pandulos e rabetas têm cada vez mais direitos que uma criança inocento.

Parabens a esta sociedade, quando pensei que o Amor e a vida falassem mais alto, afinal conseguem sempre surpreender-nos. Pela primeira vez envergonho-me de ser português.

1:22 da tarde, fevereiro 13, 2007  
Blogger Pedro said...

Caro Diogo Matos, descanse homem. Não seja tão apocalíptico. Parece que está a passar a todos os portugueses um atestado de estupidez e insensatez.

Quanto à questão dos AFECTOS que já aqui foi referida, só não a mencionei por lapso. Porque sim a educação afectuosa é também uma componente muito importante.

No global poderia tornar-se uma disciplina de Educação Sexual e Afectiva. Por aí penso que seria um bom caminho.

Infelizmente não ouvi ninguém a comentar a ideia de essas aulas serem lecionadas por profissionais da saúde.

Cumprimentos.

4:57 da tarde, fevereiro 13, 2007  
Anonymous Anónimo said...

"Pela primeira vez envergonho-me de ser português."

Eu é que tenho vergonha de TU seres português!

5:08 da tarde, fevereiro 13, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Aos responsáveis deste blog:

Infelizmente a grande maioria dos Portugueses confundem educação sexual com prevenção de doenças e contracepçaõ. (Educação sexual= sexo seguro). E planeamento familiar com contracepção.

Nunca entendi muuito bem o que é isso de sexo seguro. Aliás, acho que é das maiores mentiras que se tem vendido à juventude, e não só, nos últimos tempos. Ao contrário dos anuncios nos intervalos dos morangos com açúcar, do que a Associação para o Planeamento Familiar publicita e do que os paizinhos "ensinam" hoje aos seus filhos, o sexo seguro não existe! faz-se passar a ideia de que o importante é o preservativo, tudo o resto é secundário... Transmite-se a ideia que o preservativo é 100% seguro. Eu já trabalhei numa farmácia e nunca sabia muito bem o que dizer quando as criancinhas mal informadas por pais, escola,APF ... descobriam na pele a falibilidade do método. Porque não as informam da verdade: que quaisquer que seja o método usado não conseguem nunca evitar uma gravidez a 100%? Que se não estão preparados para encarar essa possibilidade (que mesmo muito remota pode ser uma possibilidade) talvez devam pensar duas vezes antes de ter relações sexuais? Que se não têm maturidade para arcar com as responsabilidades que podem advir dos seus actos, o que muitas vezes é normal porque não têm idade para isso, talvez devam pensar bem e ter isso em conta.

Porque é que só se tira a carta de condução aos 18?

Ou talvez eu esteja enganado!!! Afinal o "sexo seguro" existe mesmo, porque quando irresponsavelmente se gera uma vida humana já temos "a borracha" que apaga os problemas: o ABORTO. Assim admito que se trate mesmo de "sexo seguro". Pelo menos para a saúde dos seus intervenientes... Já que para os terceiros que daí possam resultar pode ser fatal, principalmente se forem descobertos antes das 10 semanas...

Talvez se falarmos em educação para o Amor...
E isso parece-me que se possa complementar nas escolas mas aprende-se principalmente em casa.

7:19 da tarde, fevereiro 13, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Pedro

Tenho 49 anos. Em 1969, no 1º ano do ciclo tive educação sexual.

Quando tinha 16/17 anos, passava-me
com a ignorância dos meus colegas.

Só para aí aos 20 é que descobri que tive o prazer de ter sido educado sexualmente no ciclo.

Foi na aula de Moral e Religião por um Padre ( certamente exemplar único ) que nos ensinou de forma clara a sexualidade.

SE DEVEM SER PROFISSIONAIS DE SAÚDE OU PROFESSORES, POR MIM ATÉ PODEM SER PADRES ( desde que sejam iguais ao "meu" )O QUE É PRECISO É QUE SE DÊ EDUCAÇÃO SEXUAL E AFECTOS DE FORMA CLARA E SEM PRECONCEITOS.


Aquele E-mail que divulguei do Padre Mário com o título PROCURA-SE ASSASSINA, pode ter sido uma história inventada, MAS existem milhares iguais àquela.

Muita pouca gente sabe, que o efeito do contraceptivo é anulado, quando se tomam antibioticos, por exemplos, e nem sempre os médicos alertam para esse facto.

No caso das mulheres que lutam contra o cancro da mama, lutam também contra a falta de AFECTO dos seus maridos/companheiros, chegando mesmo a ser abandonadas

Reparem, que uma mulher amputada de uma perna ou braço tem uma dor física enorme, mas uma amputada da mama, tem uma dor psicológica que ultrapassa a dor física da outra.

Porque? Porque lhe falta afecto e amor ...
e aí MADALENA o preservativo não é uma maluqueira...

A última coisa que estas mulheres precisavam é a gravidez. Deixemo-las ser amadas, deixemo-las concentrar a sua luta contra a sua doença.

E não sejamos crúeis. deixemo-la fazer um aborto, se eventualmente
alguma coisa falhou.

Os homens têm de ser "ensinados"
a lidar com estas dores.

Choca-me ver associações de apoio às mulheres com cancro de mama, quando o que seria lógico era não serem precisas.

E o apoio à Educação Sexual é p'ra valer ou vai morrer na praia, com os padres, as associações de pais o movimento não a boicotar como SEMPRE FEZ?

E já agora o não reclama apoio igual à mulher que decidiu NÂO ABORTAR.
Mas digam 200 contos chega?
Todo a apoio que JÁ SE FAZ E MUÍTISSIMO BEM, à gravidez, às baixas quando há risco, aos quatro meses de parto, às consultas de pediatria, ao abono, às creches, étc
È POUCO? BEM SEI QUE NUNCA É DEMAIS

MAS CHEGA DE DEMAGOCIA... ATÉ PORQUE 200 CONTOS NÃO DÁ PARA NADA

ANTÓNIO

7:23 da tarde, fevereiro 13, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Se tu tens vergonha que eu seja Portugues, ainda bem, então significa que estou no bom caminho. Porque se tu és um dos promotores de uma sociedade que promove a morte em vez da vida, a irresponsabilidade em vez da responsabilidade e que promove o extermínio de crianças em vez de as proteger, então fico contente que tenhas vergonha de mim... Antes só que mal acompanhado. Tu é que devias ter vergonha de ti mesmo, és igual a todos os outros que já mataram em nome de outras coisas.

A historia da humanidade é repleta de atrocidades impares, já mataram em nome da religião, em nome de uma raça superior e em nome de um país... E tu matas em nome de quê ou de quem?? Consegues ser ainda pior, matas sem sequer teres um objectivo? És patético

11:02 da tarde, fevereiro 13, 2007  
Anonymous Anónimo said...

ANTÓNIO
DIVULGO ESTE TEXTO DO
PADRE MÁRIO
http://padremariodemacieira.com.sapo.pt/

2007 FEVEREIRO 12



Com a inquestionável vitória do SIM no referendo de ontem, a vida com dignidade e, mais especificamente, a vida e a dignidade das mulheres portuguesas acabam de conhecer um irreversível passo em frente no nosso país e, por arrastamento, na Europa e no resto do mundo. O mesmo se diga da autonomia da sociedade civil portuguesa frente à Igreja católica romana, cuja hierarquia (bispos residenciais e párocos, assessorados por Movimentos de leigas/leigos feitos à imagem e semelhança deles!), infelizmente, nesta matéria, não soube manter-se no seu lugar e continuou a comportar-se como se ainda vivêssemos sob o famigerado regime de Cristandade que o próprio Concílio Vaticano II, de feliz memória, oficialmente enterrou para sempre, mas que ela não se tem cansado de tentar restaurar. No que tem sido vergonhosamente apoiada pela conservadora e moralista Cúria Romana e seus sucessivos papas, os quais têm estado muito longe do espírito de abertura e de macroecumenismo do seu antecessor João XXIII, o mesmo que convocou aquele Concílio, para que ele fosse uma saudável e fecunda Revolução no interior da Igreja católica em todo o mundo.



Estou feliz com este passo em frente, o primeiro de muitos outros que o país terá agora de dar, para consolidar e corporizar esta vitória e para a alargar a outros âmbitos da sexualidade humana e da vida humana em geral que, até agora, têm sido tratados como tabu, também e sobretudo por estúpida imposição do Moralismo sem moral da referida hierarquia católica. Estou feliz e acho que também Deus, o de Jesus, está, porque a sua alegria é que a vida, e vida em abundância e em qualidade tenha cada vez mais oportunidade na História e seja garantida a todas as pessoas, a começar pelas mais fragilizadas e mais pobres.



Dei muito de mim para esta causa maior, assim como muitas mulheres e muitos outros homens, católicas e católicos incluídos, do país. É legítimo que nos sintamos contentes e cheios de esperança. Estaremos também vigilantes, para não consentir que o Poder do Obscurantismo e do Moralismo eclesiástico tente recuperar na secretaria o que acaba de perder no terreno. Por isso, não desmobilizo nesta Causa maior. E peço às minhas irmãs, aos meus irmãos do SIM que não desmobilizem também. Toda a atenção é necessária. E todo o acompanhamento lúcido. Porque os das Trevas costumam ser sempre mais hábeis, nos seus negócios, do que os da Luz. Vigiemos!



A partir deste SIM, o Parlamento tem agora ainda mais luz verde para alterar a actual lei e o Código Penal e terá obrigação moral de ajudar a dotar progressivamente a Sociedade civil de serviços que garantam às populações a possibilidade de saírem de vez do obscurantismo e da ignorância em que grande parte delas ainda hoje vive, neste campo da vida.



É de esperar que os párocos e os bispos aprendam a lição deste referendo e sejam os primeiros a converter-se ao Evangelho de Jesus que não suporta o Moralismo dos fariseus, nem o legalismo em que eles gostam de dar cartas. Já que não evangelizaram as populações, tenham ao menos agora a humildade de se deixarem evangelizar por elas. Neste campo, as populações católicas portuguesas, sobretudo do Centro e do Sul do país, mostraram estar muito adiante da hierarquia. Apenas no Norte do país e nas Ilhas, as populações continuam ainda sob a tutela dos párocos e dos bispos. Mas até aí a situação está em vias de alteração. As novas gerações, mais escolarizadas e mais ilustradas que os seus pais e avós, já não suportam as velhas catequeses eclesiásticas, carregadas de moralismo e de mitos. Bem sei que correm o risco de atirarem fora com a água do banho a Boa Notícia de Deus que é Jesus com a sua prática libertadora e cheia de Misericórdia, mas, mesmo assim, é melhor do que permanecerem prisioneiras do Moralismo e dos Mitos eclesiásticos, como aconteceu com a generalidade das gerações que, desde o imperador Constantino, as precederam até agora. Afinal, a Boa Notícia de Deus que é Jesus chega-lhes, hoje, por outras vias mais seculares, com destaque para a via das Ciências sociais e humanas, que se debruçam sobre os seres humanos e a vida em geral, uma vez que entre Deus, o de Jesus, e a Ciência não há contradição mas convergência, ao contrário do que se passa entre Deus e a Religião, em que a contradição é total.



Perante os resultados do referendo, os bispos residenciais e os párocos católicos farão bem, se reconhecerem humildemente perante o país que perderam em toda a linha. Mas não só. Para que esta sua confissão seja sinónimo de conversão, os bispos e os párocos católicos têm de reconhecer igualmente que a derrota deles é a grande vitória do Evangelho de Deus que é Jesus e a sua prática libertadora e misericordiosa. Se o não fizerem, permanecerão no seu pecado e, como estão canonicamente à frente da totalidade do institucional na Igreja católica, constituem-se num dos mais perigosos inimigos das populações que continuarem a dar-lhes credibilidade e atenção. Serão contumazes guias cegos que arrastarão as populações para o abismo. Dos quais as populações precisam de saber defender-se a toda a hora. E de ensinar as suas filhas, os seus filhos a defender-se também.



Por sua vez, as populações católicas têm que tirar igualmente as suas conclusões. Se votaram NÃO no referendo, por instigação dos párocos e dos bispos, terão de concluir que fizeram mal, porque, em questões de tanta monta, como são as questões da bioética, ninguém, nenhuma pessoa pode alguma vez decidir pela consciência de outro, nem por indicação de outro. Apenas pela própria consciência. E se o outro em questão é pároco ou bispo da Igreja, ainda mais grave será terem decidido por sua indicação ou por sua instigação. Será gravíssimo. Neste caso, farão bem as populações se, de agora em diante, nunca mais derem ouvidos aos conselhos e às ameaças dos respectivos párocos e dos bispos em geral. O descrédito deles, perante as populações do país, é agora ainda maior, depois desta vitória do SIM à Lei de despenalização do aborto. E se, nem assim, os bispos e os párocos derem mostras de verdadeira conversão ao Evangelho de Deus que é Jesus e a sua prática cheia de Misericórdia e de Ternura, então as populações católicas deverão afastar-se definitivamente das suas homilias e das suas catequeses. E passarem a reunir-se umas com as outras em nome de Jesus, nas casas umas das outras, guiadas pelo Espírito Santo que está presente e actuante, sempre que duas ou três pessoas se reúnem em nome e em memória de Jesus.



Esta é, por isso, uma hora de grandes audácias, na Sociedade civil e na Igreja católica. A Vida humana deu um grande passo em frente com a vitória do SIM. A dignidade humana também. Sejamos dignas, dignos desta hora.

1:46 AM

1:48 da manhã, fevereiro 14, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Mas que grande dignidade!! Falam de dignidade numa hora em que se promove uma sociedade que opta por escolher a morte em vez da vida, a irresponsabilidade em vez da responsabilidade e que promove o extermínio de crianças em vez de as proteger, que grande dignidade que nós temos... Deviam ter era vergonha, são iguais a todos os outros que já mataram em nome de outras coisas.

A historia da humanidade é repleta de atrocidades impares, já mataram em nome da religião, em nome de uma raça superior e em nome de um país... E voces matam em nome de quê ou de quem?? Da mulher afectada, que quis fazer mas não assumir? Bela dignidadeque ela tem. Em nome de quem então? Do pai que quis fazer mas pressiona a mulher para abortar? Bela dignidade que ele tem. Então matam em nome de quem? Do facilitismo? Da irresponsabilidade? Da permiscuidade? Da libertinagem? Matam sem sequer ter um objectivo decente? Patéticos

10:30 da manhã, fevereiro 14, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Caro Pedro,

Era bom dizer que esse senhor padre, apenas o é porque o sacramento é para toda a vida. De resto, basta-me ler algumas linhas do que ele diz, para perceber que está totalmente fora da doutrina da Igreja Católica. Convém não induzir outros em erro e confundir a posição individual de alguém que pode já ter tido alguma função pública, com o que é realmente um Padre no exercicio do ministério que lhe é confiado pelo seu Bispo.

E falar nas mulheres mastectomizadas para justificar o preservativo ou tornar legítimo o aborto para toda a população é para mim um argumento nunca ouvido. Mas já tenho ouvido tantos... Confesso que este me parece quase entrar no foro patológico, de tão rebuscado!

Realmente os que sofrem, os pobres e os oprimidos estão sempre à mão de semear... Servem para toda uma panóplia de argumentações, ao sabor dos interesses e manipulções de terceiros...

Por favor! Será que o meu Amor por uma mulher que sofre pode fazer com que eu escolha para ela maior sofrimento ainda (ABORTO!)???

Como sabe você que a ultima coisa de que estas mulheres precisam é de uma gravidez?

Mesmo que concordasse consigo peço-lhe que leia (em voz alta e devagar): Interrupção Voluntária de Gravidez)!!!

Ou seja, mesmo sem "precisar" se a mulher já está grávida então já o está!!! Não há uma borracha, ou um relógio que ande para trás. Essa condição, GRAVIDEZ, já ninguém lhe tira. Pode é terminá-la, abortá-la. Ou levá-la por diante.

Será que também acha que por não precisar de ser mãe naquele momento, também pode descartar algum filho já nascido ( maior que 9 meses) ???

Ajudar uma mulher que por qualquer motivo espera um filho, mesmo nas mais dificeis situações, só pode ser ajudá-la a ser aquilo que ela já é: MÃE!!!! Um filho para uma mulher não é nunca o problema. Mas pode, isso sim, ser a sua salvação. Aí sim, entra o nosso apoio.

11:33 da tarde, fevereiro 14, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Realmete ou não sabe o que diz ou não quer entender.

Que Deus não lhe a si ( também atinge o homem ) ou a uma mulher que lhe seja muito querida um cancro de mama.

Oxalá NUNCA tenha que saber o que isso é.

A Amputação não elimina de imediato o problema ....


ANTÒNIO

1:01 da manhã, fevereiro 15, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Caro António,
Pela forma como usa Deus para "ameaçar", como quem lança um mau olhado, do género só espero que Deus não te lixe a vida... parece que o reconheço de outras conversas anteriores, ou estarei errado?

E esse deus eu também não conheço.

Quanto ao resto, não entendo onde quer chegar.

Um grande abraço para si.

10:22 da tarde, fevereiro 15, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Desejar que alguem, não passe pelo sofrimento dos outros não é mau olhado.
Longe disso, é que Deus o livre dos sofrimentos que não consegue
compreender.
É aliás um expressão muito popular
"que Deus de Livre do Meu Mal"


A amputação da mama da livra a mulher do cancro para sempre.

Não é uma removido de imediato, pode voltar.

Alem disso o corpo ainda estará
cheio de quimicos durante muito tempo o que nem fará bem nem ao feto nem à ela.

Do ponto de vista emocional, também,
uma mulher está ainda a refazer-se
da pancada.

O que mais será preciso para ser tolerante?

Viver o drama?


António

12:19 da manhã, fevereiro 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

A amputação da mama da livra a mulher do cancro para sempre.


correcto
não livra

12:20 da manhã, fevereiro 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

ANTÓNIO
DIVULGO ESTE TEXTO DO
PADRE MÁRIO
http://padremariodemacieira.com.sapo.pt/

DIÁRIO ABERTO

2007 FEVEREIRO 15



Os bispos católicos portugueses continuam reunidos em Fátima. Desde a passada 2.ª feira, 12, o dia seguinte à vitória do SIM no referendo à Lei de despenalização do aborto. Ao que informaram alguns jornais, estão em retiro. E, como mandam as (más) regras, enquanto o retiro durar, os bispos não falam. Pelo menos, para o país. O mesmo já não sucederá entre eles, certamente. Terá sido tão violento o choque pela estrondosa derrota do NÃO no referendo à lei de despenalização do aborto e de descriminalização das mulheres que por sua opção abortarem nas primeiras dez semanas de gravidez, que os bispos católicos portugueses até perderam a fala. Pelo menos por uns dias. Depressa a recuperarão, concerteza. Será que o farão para começar por pedir perdão às populações pelo mau exemplo que lhes deram, durante a pré-campanha e a campanha do referendo, e pelo pecado grave que cometeram contra elas? Ou, pelo contrário, vão dar-lhes mais uma pública reprimenda por elas esmagadoramente não terem ido votar e, sobretudo, por entre as que foram votar, terem votado esmagadoramente SIM à lei, quando eles tudo fizeram, desde os apelos às ameaças, das missas aos inúmeros jornais diocesanos e paroquiais e muitos outros regionais que controlam no país, para que elas votassem NÃO?



O país tem que esperar que suas excelências reverendíssimas se decidam a pronunciar-se. Deveriam ter falado, logo na noite do dia 11, após terem sido divulgados os resultados do referendo. Deviam uma palavra às populações em geral e em especial às inúmeras católicas, aos inúmeros católicos que, por sua inspiração e por seu apelo, se organizaram, mobilizaram e deram a cara em múltiplos Movimentos pelo NÃO. Mas os bispos optaram pelo mais completo mutismo e pela mais completa ausência. O que, em meu entender, foi a pior das opções. Foi um mutismo ensurdecedor e uma ausência esmagadoramente opressiva. Com muito de crueldade. De abandono das suas hostes, dos seus cruzados pelo NÃO. Primeiro, atiraram-nos, a elas e a eles, para a refrega, a defenderem o NÃO, de forma muitas vezes irracional e terrorista e, na hora da derrota, nem um deles apareceu a dar a cara. Nem sequer o presidente da Conferência Episcopal.



Ainda são humanos? Será que os bispos ainda não perceberam que, em tempos tão mediáticos como os nossos, esta sua postura colectiva “fala” e o que diz é crueldade? Afinal, que tipo de homens são os bispos católicos portugueses? Têm entranhas de humanidade? Têm sentimentos? Emocionam-se? Ou são meros robots, funcionários eclesiásticos sem alma, sem coração, sem capacidade de se comover, de rir e de chorar? Homens assim, tão eclesiásticos, tão distantes das populações, tão homofóbicos, tão rígidos, tão hieráticos, tão formais, alguma vez nos fazem lembrar Jesus, o de Nazaré, habitualmente em más companhias? Ou apenas nos fazem lembrar a Cúria Romana, a mais cruel das instituições eclesiásticas?



Não apareceram a dar a cara. Não disseram uma palavra. E, para cúmulo, no dia seguinte, foram todos a correr meter-se em Fátima em retiro, para assim prolongarem o seu mutismo e a sua ausência. Mas que opção mais desastrada, esta dos bispos católicos portugueses. E logo haviam de ir todos a correr refugiar-se/esconder-se em Fátima. Não é nada evangelicamente saudável semelhante decisão colectiva. Para mais em Fátima. E sabem porquê? Porque Fátima, com o seu santuário em honra da mítica deusa virgem e mãe, é o lugar mais moralista e mais idolátrico que há no país e na Europa. E também o mais cruel. O mais inumano. O mais mentiroso. O mais contrário ao Evangelho, à teologia e à prática teológica de Jesus. O mais contrário à dignidade dos seres humanos. O sopro/espírito/vento que atravessa aquele Santuário e a sua esplanada é de perversão e de mentira. Por isso, nos antípodas do Sopro/Espírito/Vento de Deus Vivo que se nos revelou definitivamente em Jesus, o de Nazaré. É um sopro/espírito/vento que faz dos seres humanos onde entrar e onde se fizer sentir, mentirosos e suicidas/assassinos, de modo incruento, quase sempre, e, algumas vezes, até de modo cruento. Basta ver o que paradigmaticamente esse mesmo sopro/espírito/vento fez, pelo ano 30 da nossa era, na pessoa dos sacerdotes do Templo/Santuário de Jerusalém e dos chefes privilegiados do Império romano na Judeia. Uns e outros não suportaram o Sopro/Espírito/Vento que possui e anima Jesus, o de Nazaré, e por isso o mataram na Cruz, como a deixar claro, para todo o sempre, que o sopro/espírito/vento que possui e anima os do Templo e os do Império é Mentiroso e Assassino, tal e qual como o seu deus, o Diabo (entenda-se, a Mentira e o Ódio institucionalizados, o Inimigo número um dos seres humanos e dos povos).



Provavelmente, nem os bispos católicos portugueses estão conscientes da fixação que têm em Fátima e particularmente na imagem da sua mítica deusa, com tanto de branco como de cruel. Mas a verdade é que duma fixação se trata. E das piores. Ou os bispos se libertam dela, ou acabam tão cruéis quanto ela. Sempre, é claro, sob a aparência de muito santos, puros, devotos, boas pessoas. Tal como a imagem da deusa que tem olhos mas não vê, tem boca mas não fala, tem ouvidos mas não ouve, tem cabeça, mas não pensa, tem mãos mas não toca ninguém, tem pés mas não se faz próxima. É um ídolo sedento do sangue das populações pobres e deprimidas, das suas dores, dos seus sofrimentos, das suas frustrações, das suas depressões. E também e sobretudo do seu ouro e do seu dinheiro. Do alto daquela Serra d’Aire, onde a colocaram, como numa torre de marfim, atrai para ela e para o seu Santuário as populações não ilustradas e não evangelizadas que vão lá pela lã da saúde e da vida, da paz e da dignidade, e regressam, horas depois, às suas casas totalmente tosquiadas, ainda mais adoentadas e agoniadas, violentadas e humilhadas. O único que sai a ganhar com toda esta Mentira organizada é o Santuário, o tesouro do Santuário. E, é óbvio, saem também a ganhar os Sacerdotes e outros comerciantes do sagrado que estão por trás a gerir todo o negócio e a esfregar as mãos de satisfação. Uma satisfação demoníaca, diga-se, feita de crueldade, de sadomasoquismo, o mais blasfemo e o mais sacrílego.



Tenho pensado no porquê desta fixação dos bispos católicos portugueses em Fátima e na imagem da sua senhora/deusa. Não será porque todos eles são clérigos a viver sem mulher e sem afectos, mais por imposição da lei eclesiástica do celibato do que por opção pelo Reino de Deus? Não será também porque, no fundo, o que eles mais querem é que todas as mulheres do seu “rebanho” sejam como a representada na imagem de Fátima, por isso, mulheres sem sexo, sem seios, sem beleza, sem cabelos soltos, sem braços para abraçar, sem boca para falar e beijar, sem movimento, sem mãos livres, sem homem, sem prazer sexual, sem orgasmos, sem olhos, numa palavra, apenas servas/escravas obedientes dos senhores que são eles próprios, sem emoções, sem entranhas de ternura e de misericórdia?



Escrevo tudo isto com dor. Porque gostaria que os bispos, meus irmãos, fossem de outro jeito. Não do meu, evidentemente, mas do jeito de Jesus, o de Nazaré. Assim, são do jeito do Poder. E quanto mais são do Poder, menos humanos são, menos companheiros, amigos e próximos das pessoas. Temo que eles vivam tão fora da realidade, tão acima e tão fora deste mundo, tão distantes dos seres comuns que somos quase todas, todos nós, que nem sequer entendam esta minha reflexão, cheia daquela violência que só a ternura fraterna é capaz.



Abandonem, meus irmãos bispos, os vossos tronos de marfim e desçam ao encontro das mulheres e dos homens de carne e osso. Vivam connosco e entre nós. Todos os dias. Habitem casas como as dos demais. Sem porteiro e sem criadas e criados. Vivam à intempérie. Frequentem os locais que toda a gente frequenta. E sereis mais companheiros nossos, porque também mais companheiros de Jesus. Aprendereis a conversar, longe das catedrais e das homilias. Sede Missas vivas no meio das populações e com elas, em lugar de homens dos ritos nas catedrais, dos rituais, dos báculos, põe-mitra-tira-mitra, a cheirar a sacristia e incenso e a cera queimada. Vereis que o resto virá por acréscimo.



Sei que estou a pedir-vos o impossível. Mas, depois do SIM no referendo, não tendes outra saída. O país não é mais como vós pensais que é. Não é mais católico romano, como vós ainda sois. É um país mais humano e, por isso, bem menos cruel do que vós. Disse SIM à lei de despenalização do aborto e de descriminalização das mulheres que optarem pelo aborto até às primeiras dez semanas de gravidez. Vós dissestes NÃO. Aliás, ainda hoje continuais sadicamente a dizer NÃO, mesmo naqueles três casos excepcionais de aborto que a lei, independentemente deste referendo, já admite. Assim como dizeis NÃO ao uso responsável do preservativo, da pílula como método contraceptivo, e da pílula do dia seguinte. Sois cruéis. Não tendes entranhas de humanidade nem de misericórdia. Regulais-vos por um princípio que tem por pai o Diabo, o Princípio-Lei, em lugar de vos regulardes pelo Princípio que tem Deus vivo por Mãe/Pai, o Princípio-Misericórdia, que é o de Jesus e do Evangelho de Deus, que ele é. Sois cruéis. Sois pela penalização e condenação das mulheres que abortarem, quaisquer que sejam as circunstâncias. Bem sabeis, pelo menos em teoria, que a letra mata e que só o Espírito é que dá vida. Mas optais pela crueldade da lei penal e ainda pensais que é assim que se defende a vida!



E agora, meus irmãos bispos, depois deste resultado do referendo, o que ides fazer? O que ides dizer? Como ides viver? Será que ides continuar como até aqui? Será que não vos deixais evangelizar pelas populações portuguesas? Só pela Cúria Romana? Não vedes que a Cúria Romana é cruel? Porque lhe dais ouvidos? Porque fazeis o que ela vos diz para fazer? Porque não sois dissidentes dela? Não vedes que só assim sereis bispos da Igreja de Deus? A quem ireis seguir? À Cúria Romana, ou a Jesus, o de Nazaré? De quem quereis ser discípulos? Esqueceis o grito que vem da primitiva Igreja e de Jesus que diz: Mais vale obedecer a Deus do que aos homens do Poder? E não são homens do Poder os cardeais da Cúria Romana? E o próprio Papa? O Serviço de Pedro na Igreja não é um ministério totalmente distinto do que tem sido e continua a ser o Papado?



O país é testemunha de que vós apostastes tudo no NÃO à lei que foi referendada. E perdeste em toda a linha. A vitória do SIM foi como um tsunami para vós e para a Igreja hierárquica católica que sois. Mas foi um pequeno Pentecostes para as populações, nomeadamente, as mais empobrecidas e oprimidas. E para a Igreja de Jesus, feita de misericórdia e de ternura. E também de conflito, ou ela não tivesse que resistir até ao sangue a toda a idolatria, a começar pela do Moralismo religioso e a acabar na do Dinheiro. O pior que podereis fazer é fazer de conta que isto não foi mais do que um pesadelo. Foi muito mais. Foi um Apocalipse. Uma Revelação. Pôs a nu que o vosso Deus não é o de Jesus. É um Deus cruel. Um ídolo. Veio revelar que a vossa fé não é a de Jesus. É uma fé idolátrica e deísta. É uma fé que se agrada de sacrifícios humanos, não de combates duélicos para lhes pôr termo.



Por isso, tendes de mudar de Deus. Tendes de mudar de Fé. Tendes de vos converter ao Evangelho e acreditar na boa notícia de Deus que ele é. Sois capazes de tanto? Oxalá. O país espera isto de vós. Renunciai de vez ao Poder sagrado. Desisti de ser hierarquia eclesiástica. É ela que vos cega e faz cruéis, sem entranhas de humanidade. Sede bispos, simplesmente. Assumi o episcopado como o ministério dos ministérios, o Serviço dos serviços libertadores na Igreja, para que toda a Igreja seja serva libertadora da Humanidade. Fugi do Episcopado como Poder sagrado, como hierarquia. Esta é a hora, Depois da derrota que sofreste, esta é a hora da conversão ao Evangelho. Compreendei que foi o Poder sagrado, foi a hierarquia eclesiástica católica que sofreu esta derrota. Aceitai esta derrota com humildade e alegria. Morrei como bispos-Poder eclesiástico. Ressuscitai como bispos-Servos do Evangelho de Deus que é Jesus, o de Nazaré. Morrei para a fé deísta e ressuscitai para a Fé de Jesus. Trocai o Moralismo pela Liberdade. A Lei eclesiástica-canónica pela Graça e pelo Espírito Santo. Trocai a Mentira, que nos faz escravos e menores, pela Verdade que nos faz livres e responsáveis. Abandonai as catequeses e os sermões terroristas pelo Evangelho. E vereis que o 11 de Fevereiro 2007, o dia do SIM no referendo, marcará o início de uma nova era no nosso país, na Europa e no resto do mundo. A era dos seres humanos livres e responsáveis. Progressivamente fraternos e comunitários. Sereis capazes de tanto? Cantarei e dançarei em Eucaristia como um menino, se vir que sim. Dai-me/dai-nos esta alegria!

12:37 da manhã, fevereiro 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Não sei se o senhor sabe mas depois de fazer quimioterapia é realmente muito dificil uma mulher voltar sequer a engravidar, muito menos no período que lhe é imediato.

De qualquer modo, muito obrigado por nos trazer este exercicio de imaginar um caso tão comum, algo com que médicos e hospitais se deparam diariamente... Além disso acho que quando a mulher corre perigo de vida o aborto já estava previsto na lei.

Noto que o referendo sobre o aborto acabou mas o outro, sobre a Igreja Católica, continua.É só aproveitar o embalo e continuar. Pelo menos agora pode fazê-lo abertamente, sem distrações nem subterfúgios.

Já agora padre Mario é o seu pseudónimo? ou António é que é o pseudónimo do padre Mário?

De qualquer modo, obrigado por uma vez mais, nos trazer os brilhantes pensamentos desse senhor. Caso não nos tenham esclarecido antes talvez o possam fazer agora.

Já me sinto mais livre, depois do Sim ter vencido.

um abraço.

10:01 da manhã, fevereiro 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Limito-me a divulgar algumas passagens do padre Mário
disponíveis na sua página


A diferença na capacidade de expressão não é bem vísivel?

Além disso outros blogger também o fazem

ANTÒNIO

1:24 da manhã, fevereiro 17, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Oh Diogo Matos és da Madeira? Já anunciavas a demissão daqui do blog não? Se calhar és demasiado "pandulo" ou demasiado "rabeta" para o fazeres não é?

9:21 da tarde, fevereiro 23, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Falas-se tanto do Holocausto e ninguém percebo o que se está a passar!!
Com a despenalização, liberalização ou legalização da porcaria do aborto, ou lá como os defensores do Sim gostam de lhe chamar (pois, é que se lhe chamarem despenalização, a consciencia não pesa tanto), cometeremos o maior Holocausto da História da Humanidade!

9:23 da tarde, fevereiro 23, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Epá pronto que não seja por isso... Quem abortar usa o bigodinho!

Epá, já nem me apetece dizer-te nada... Sais-te com cada uma que nem ao Alberto João Jardim se lembrava dessa...

2:35 da manhã, março 06, 2007  

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