quarta-feira, janeiro 24, 2007

Nada a ver

Aviso desde já a navegação que este post não tem nada a ver com a discussão deste referendo, está a ser escrito a quente e é tudo menos respeitador da Carta de Intenções deste blogue, por isso se não está interessado passe para o próximo post sff.
Imaginem que vocês têm uma convicção de determinado assunto. Imaginem que decidem tornar pública a vossa decisão e defendê-la publicamente. Imaginem, que assim sendo, decidem criar um blogue, com uns amigos para terem algo a dizer nessa discussão. E vocês fazem exactamente isso. E como até são pessoas democráticas decidem não impôr qualquer tipo de moderação de comentários e até fazem uma espécie de sondagem onde as pessoas que visitam tal blogue podem votar e manifestar a sua opinião.
Tudo começa bem, umas citações aqui, outras ali, vão começando a ter visitas, as pessoas do Sim e do Não vão votando (nem todas) e vão comentando com toda a educação e seriedade que o assunto exige.
Agora imagine que você um dia chega ao seu blogue e repara que o número habitual de visitas (50 ou 60) está na casa das 600. No dia a seguir passa das 1000 e a vossa sondagem tem um exponencial crescimento. O que é que você pensa? Tudo bem, um blogue qualquer com muitas visitas citou-vos e os apoiantes do Não vieram visitar-vos. Problema? Nenhum. Nenhum até que você descobre que umas certas pessoas, pelo sinal muito educadas, andaram a distribuir um e-mail entre os apoiantes do Não a apelarem ao voto no Não na vossa sondagem e até dizem ( devem-nos connhcer de algum lado) que estamos quase a desistir da sondagem.
Estranho não acham, a sério, não têm outra forma de fazer campanha. Pois eu digo-vos eu estou farto, não estou farto de ter este blogue ou de manifestar publicamente a opinião que defendo. Estou farto de má-criação de quem nos lê, de quem nos manda os "e-mailzinhos" ridiculos e ordinários em que nos chamam de assassinos para baixo, sim, para baixo.
Honestamente: acham mesmo que nos fazem desistir? Acham que passam a vossa opinião a alguém pelo insulto fácil e barato?
Só vos digo uma coisa: nós não desistimos, antes pelo contrário e vecês contentem-se com os vossos insultos baratos e pela nossa sondagem. Votem, 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10 vezes por dia. Mas contentem-se com isso, porque não vão ter mais nada.

Adenda: para não voltarem a chamar-me de mentiroso cá vai a versão original do mail (até porque a minha originalidade não vai tão longe):
"CiberNão
Boa Tarde.
Para quem ainda não nos conhece, somos um grupo de jovens contra a proposta de lei sobre o aborto que vai a referendo.Como parece que andam todos a dizer que os jovens vão votar sim, decidimos que tinha de se fazer algo, porque votamos NÃO. Juntámos os nossos conhecimentos de internet e começámos a agir pelo Não, dentro deste espaço que conhecemos: o Ciber-espaço (nome pomposo da internet).
Vamos fazê-lo com espírito jovem, mas com clareza e objectividade (haja estudantes de engenharia entre nós!).
A ideia não é criar mais um Site ou mais um Blog... Já chega! O Lema que vos propomos é: "CLICAR E DIVULGAR". Não se gasta tempo: é possível, sentados frente ao computador no trabalho, fazer algo em poucos segundos, é só "Clicar" se concordarem com o que propomos.
Depois pedimos que divulguem por todos aqueles que conhecem e estão connosco nesta LUTA (como somos pós 25 de Abril a palavra não nos traz memórias, só a vontade de mostrar que o Não Jovem existe), daí "Divulgar".
Simples: "CLICAR E DIVULGAR", contribuir para o Não, todos os dias em menos de 1 minuto, a Guerra do CiberEspaço é nossa! Também não fomos buscar listas de mails, começamos com o que está mais à mão de conhecidos e iremos aumentando. Se alguém quiser ser incluído ou não gostar é só dizer.
PROPOSTA DE HOJE: Existe um Blog do Sim com uma sondagem com a pergunta do referendo: Vamos Votar Não em Massa.
ESTA ERA A PROPOSTA DE ONTEM QUE SE MANTEM HOJE, PORQUE DESCOBRIMOS QUE TODOS OS DIAS PODEMOS VOLTAR A VOTAR E ELES ESTÃO QUASE A DESISTIR DA SONDAGEM.
Até amanhã!
CiberNãos"

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

NÃO, NÃO, NÃO!
MIL VEZES NÃO!
TEMOS QUE PERSERVAR A DIGNIDADE DA MULHER DIZENDO NÃO!

7:47 da tarde, janeiro 24, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Com todo o respeito que tenho por aqueles que possam pensar de maneira diferente, gostaria apenas de deixar uma reflexão em jeito de pergunta: "É a favor da pena de morte?" Porque ao considerar votar "SIM", mais não está do que a concordar com esse pressuposto, ainda mais de um inocente que nem se pode sequer defender! Ás 10 semanas a criança já está formada, e há um coração que bate! Na primeira gravidez da minha Mulher, às 10 semanas a minha filha já tinha um nome. Morreu com 42 semanas, por não ter resistido ao trabalho de parto. Nesse momento quaisquer duvidas que pudesse ter sobre este tema foram mais do que dissipadas.

Mas de qualquer forma, possivelmente terei mais alguns anos do que a maior parte de vós, e consequentemente mais experiência de vida, para vos deixar mais uma reflexção: "Não se curam os males da sociedade extripando os sintomas". Não podemos cair no facilitismo de pensar que, ao dizer SIM estamos a evitar que os problemas associados a este tema desapareçam. Mera ilusão: eles continuarão, e, segundo omeu ponto de vista, piorarão. O que se vai investir no aborto seria mais producente investindo numa educação sexual verdadeiramente eficaz e alargada na sociedade, no apoio às futuras Mães, no "subsidio" ás maternidades não desejadas, por forma a que outros "Pais" possam adoptar essas crianças não-desejadas (seguramente, para eles muito desejadas)... Para não falar de muitas outras medidas que poderiam ser, de facto, tomadas!

Eu também sou a favor de uma "despenalização" relativa do aborto, no sentido de que não aceito que uma Mulher possa ser presa por o realizar. A culpa que terá de suportar pela vida fora é, por vezes, suficientemente humilhante. No entanto, entendo que deveria ser penalizada, por exemplo, cumprindo trabalho em prol da comunidade... quiçá junto de Mães-solteiras ou crianças abandonadas....

O que não aceito é que, por causa de "evitar" a humilhação dessas Mulheres, se cometa o crime hediondo de matar uma criança! Sim, porque de uma criança se trata, e não me digam o contrário, pois dos 3 filhos que tive (um, de facto, não tive...) chorei de todas as vezes que pelaa primeira vez os vi na ecografia às 11 semanas!!!!

A propósito: a Senhora da Maia que foi presa por abortar: sabem de quantas semanas estava? mais de 30! Seria presa qualquer que fosse a lei em vigor...

À consideração da Vossa consciência.

8:29 da tarde, janeiro 24, 2007  
Blogger Anita said...

Olá!!

Será que me podiam passar o email de quem é do movimento do CiberNão, eu também queria participar!!!
Enviem-me msg pelo blogger sff!

:D :D

6:56 da tarde, janeiro 25, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Quanto ao nosso amigo Rafael devo deixar aqui uma palavra de indignação quanto ao pressuposto, q subentem estar por detrás de tal questão, q te invadido as nossas televisões de forma exaustiva. Quanto a este aspecto apenas posso dizer q, na minha opinião o "pressuposto" de toda esta problemática, passa ñ por saber se se é a favor da pena de morte, mas de se saber se o q é o dto à vida e qd se tem ou ñ dto à vida! Independentemente da sua formação específica, este aspecto ´q algo q deveria ser considerado basico para q o ser humano soubesse qual o valor da sua existência e qual o propósito de toda a sua dinamica c este mundo fisico. Bom, deixando-me de divagações, queria deixar aqui o apelo a uma maior tolerância, q na minha opinião se enquadra mais na posição SIM do q na posição NÃO....É pena termos q lidar c aspectos destes mas é apenas uma contactação de facto q se retrata nos comentários aqui deixados por simples "inocentes" intolerantes (se é q tal palavra, do senso comum, é do seu conhecimento)

10:23 da tarde, janeiro 25, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Cara Nídia,

Permita-me, em primeiro lugar, assumir publicamente que não tenho o prazer de a conhecer, e como tal, não tenho o prazer de ser Seu amigo.

Seguidamente peço-lhe, como forma de respeito para todos os que eventualmente nos lerem, o favor de utilizar uma linguagem escrita correcta, livre dos "facilitismos" que estão tão em moda na utilização das novas tecnologias. É que, na realidade, para perceber em concreto o conteúdo do seu comentário (que ademais, e com todo o respeito, me parece pertinente), tive de o ler por 3 vezes!

Finalmente, e se me permite, gostaria de esclarecer apenas um ponto: todos podemos ter as nossas convicções. É um direito que nos assiste! E no caso em concreto, até sou bastante tolerante para quem pensa ou é diferente de mim! Eu próprio lhe confesso que no passado tive dúvidas sobre esta questão (o aborto, entenda-se), mas que pelos motivos enunciados e, se calhar, porque hoje tenho mais maturidade do que há 10 anos atrás, não tenho quaisquer dúvidas sobre o que é legítimo ou não. Um feto cujo coração bate é um ser vivo. Pelo menos para mim. Se esse coração fôr obrigado a parar de forma violenta, através da prática de um aborto, o que se passou, de facto, foi a morte de um ser vivo. Com todas as consequências de daí decorram...

Numa sociedade ideal, provavelmente nem sequer haveria a necessidade de penalizar o aborto, pura e simplesmente porque o próprio conceito não existiria! Naturalmente que não vivemos numa sociedade ideal. A questão é: caímos no facilitismo de descartar a utopia e caminhamos a passos largos para a perda de valores da Sociedade? E o que virá a seguir???...

Não nego a complexidade do problema, e por essa mesma razão apresento os meus argumentos, de forma totalmente tolerante, leia-se (o termo e o conceito, do sensocomum, como refere, são totalmente do meu conhecimento, asseguro-lhe)! Respeito quaisquer argumentos que queira apresentar, mas a minha convicção pessoal é a que enúnciei, a menos que me consiga provar que estou errado! Se o estiver, nesse momento, saberei reconhecer e dar "a mão-à-palmatória".

Creia, no entanto, que não lhe levo a mal o seu comentário, e coloco-me à disposição para continuar esta troca de opiniões, que, no meu caso, é totalmente tolerante, apesar de a minha convicção ser pelo NÃO!

Apresento-lhe os meus melhores cumprimentos,

5:12 da tarde, janeiro 26, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Aquilo que diz sobre o mail passado para os apoiantes do Não é verdade. Só que o que fez mudar os números não foi esse.
Foi um forward desse mail em que diz:

Enviada: quinta-feira, 18 de Janeiro de 2007 18:37
Assunto: FW: Vão ao Blog do SIM e votem NÃO



O Blog é do “Sim”, mas podemos votar pelo Não, uma vez por dia.

http://www.pelo-sim.blogspot.com

Para alcançarem o espaço para votação terão de percorrer a página do blog no sentido descendente. Está à direita.

Este é que realmente fez mudar o número das vossas visitas.

No entanto quando diz que votamos várias vezes por dia não é verdade. Até aqui só votava uma vez por dia, mas depois de ler o seu comentário fui experimentar se era possível e não é. Aparece tudo como na primeira votação mas os números não mudam, as outras votações não são contabilizadas.

A questão é que a vossa votação é um óptimo escape, para a angústia que sentimos em relação à possibilidade de o nosso país abrir mão da sua responsabilidade de proteger a vida (pelo menos é como eu o vejo), e por isso a sugestão teve imenso sucesso.

Pelo menos estamos também a tomar contacto com as vossas razões. Se não fosse isso eu nunca cá tinha vindo, e assim venho práticamente todos os dias.

Luisa

2:46 da tarde, janeiro 27, 2007  
Blogger Лев Давидович said...

Luisa:
Vá por nós: recebemos um mail que é aquele que publicámos. Que tenha recebido outro, tudo certo, ninguém contesta, mas não diga que mentimos.
Se entendeu que se podia votar várias vezes, também houve um problema de comunicação. A verdade é que este mail passou por várias caixas de correio. Como, lamentávelmente, os nossos visitantes são maioritarimentde pelo Não, a votação deles, em massa, modificou a sondagem. Mas como diz o meu colega, vote que quiser. Eu digo que depois fazemos as contas.

6:53 da tarde, janeiro 27, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Eu não disse que era mentira, é verdade, mas foi forward desse mail, que chegou a mais gente.

2:52 da manhã, janeiro 31, 2007  

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