quarta-feira, janeiro 03, 2007

A sério, a igreja não me larga!

Pelo que sei no dia de Ano Novo devo ter ido à única Igreja em Portugal em que o celebrante falou de PAZ (visto que era o dia mundial da Paz) e não do Aborto. Sei porque falei com muitas pessoas que foram a vários sítios e em muito deles ouviram-se claros apelos ao voto no Não ou mesmo à abstenção; ouviu-se chamamentos de abortistas; mulheres sem compaixão; assassinas, e muitas outras coisas.
Não sei se o fizeram devido à nota pastoral de Bento XVI, não sei se o fizeram porque lhes apeteceu, mas lembro-me de ouvir um apelo do Cardeal Patriarca a dizer que a campanha não se faria nas igrejas, mas sim fora delas e não pelos clérigos, mas pelos leigos.
Parece que alguém anda a esquecer as suas próprias palavras, e da última vez que reparei as igrejas ainda eram um lugar de culto, reflexão, reza e adoração, e não lugares para se fazer propaganda política.
Fica-lhes muito mal senhores, muito mal.

15 Comments:

Anonymous Anónimo said...

SOU CATÓLICA PRATICANTE, MAS SINTO UMA TRISTEZA PROFUNDA AO VERIFICAR QUE A HIERARQUIA DA IGREJA CATÓLICA ESQUECE-SE,OU FAZ-SE DE ESQUECIDA,QUE EXISTEM CAPELÃES QUE ABENÇOAM ARMAS EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO, (ARMAS ESSAS QUE VÃO MATAR SERES HUMANOS); É DO CONHECIMENTO GERAL QUE ESTA MESMA RELIGIÃO CATÓLICA NÃO SUPORTA MULHERES NO PODER HIERÁRQUICO (MULHERES PADRES), RAZÃO PELA QUAL TODAS AS MULHERES QUER SEJAM CATÓLICAS OU NÃO, SÃO ESPEZINHADAS, MALTRATADAS, AMEAÇADAS. CONVÉM QUE SE FAÇA LEMBRAR QUE UM PADRE CATÓLICO, (FELIZMENTE EXISTEM PESSOAS SINCERAS),DECLAROU PUBLICAMENTE NA SIC, QUE, TINHA CONHECIMENTO DE COLEGAS SEUS,PADRES,QUE LEVARAM SOBRINHAS, IRMÃS, PRIMAS, AFIM DE ABORTAREM. PERGUNTO EU: PORQUÊ TANTA HIPOCRISIA! QUEM NÃO FÔR PECADOR QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA!

9:07 da tarde, janeiro 03, 2007  
Blogger David Cameira said...

mAS O SE FAXAVOR ????

Então a Igreja não de ve fazer política ????A BÍBLIA DIZ Q DEVE SIM, SENHORAS E SENHORES mas é a política do reino dos ceus

Ou seja não se emiscuir na política partidaria mas bater-se até ás últimas consequencias, políticas e não só, por valores e principios éticos morais e espirituais

11:47 da manhã, janeiro 04, 2007  
Blogger confratis said...

Não sei qual é o vosso problema com a Igreja: 3 posts seguidos sobre o assunto.

E porque não pode a Igreja falar sobre o assunto e o Louçã já pode? Não estão ambos a tentar influenciar o próximo? Não se trata de fazer política, mas sim de defender algo que vai contra aquilo em que eles acreditam e, meu caro, eles têm todo o direito a fazer isso.

Finalmente, deixe-me dizer-lhe: este blogue é uma tristeza. Não vos vejo falar de ética, ciência, estatísticas do aborto, natalidade, factores económicos, etc e por aí fora...

Ao que parecer, só votam no "sim" porque estão revoltados com a Igreja. Ou então, votam "sim" para não ficarem envergonhados diante dos vossos amigos porque não querem que eles pensem que vocês são "retrógados, atrasados, ignorantes e católicos" só porque defendem o "não".

1:41 da tarde, janeiro 04, 2007  
Blogger epb said...

Caro confratis:
é engraçado como você de 3 posts consegue traçar o perfil de todo um blogue. Talvez deve-se lê-lo com mais atenção. aliás, aqui cada um fala do que quer, eu não tenho culpa que o meu colega tenha escrito o que escreveu, ou ele que eu tenha escrito o que escrevi, garanto, não é nada planeado.
só mais uma coisa. Eu não tenho problemas que a igreja se entrometa, desde que não faça campanha dos pulpitos, principalmente depois de ter assumido que não o faria.
é apenas isso que eu digo.

7:20 da tarde, janeiro 04, 2007  
Blogger Лев Давидович said...

Confratis, estou muito agradecido pelo seu comentário.
Provou que era bastante lúcido e convenceu-me a votar Não.
Raios partam o meu colega, esse sabujo anti-eclesia. Raios parta eu, Romano pré-Constantino.

10:57 da tarde, janeiro 04, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Confratis, apoio-te totalmente porque não podias ter sido mais certeiro!!

Ana Silva

5:41 da tarde, janeiro 07, 2007  
Anonymous Anónimo said...

A Maior das Humilhações




Em 1998, Luz de Vasconcellos e Souza convidou-me para um café, depois de jantar, em casa de seus pais. Para além da Luz, estavam sua mãe, Sofia de Melo Breyner Andresen, Pedro Líbano Monteiro (não confundir com o antigo quadro do BCP, de quem é parente) e parece-me que também um jovem, de que agora não recordo nem a fisionomia nem o nome.

Conversou-se sobre assuntos vários entre os quais, surgiu naturalmente, pela sua proximidade, o do referendo sobre a liberalização do aborto. Sofia também esse tema com a simplicidade e profundidade luminosas que lhe eram habituais. De tudo o que lhe ouvi, o que mais me marcou foi uma pequena partilha que culminou numa breve sugestão. Disse: “Uma vez mostraram-me fotografias de fetos abortados. O que mais me impressionou foi o seu ar de humilhação (ou de humilhados). Espalhem imagens dessas com a frase: «aqueles que ninguém quis amar» ”.

Já não recordo, ao certo, quais as razões ou circunstâncias que nos levaram a não concretizar a proposta que brotou do seu desabafo. Mas ela gravou-se-me de tal sorte na mente que ainda hoje a recordo como se me tivesse sido feita há 10 minutos.

De facto, a humilhação não consiste em ser julgado por ter prevaricado, por ter cometido um crime, a grande humilhação, a maior das humilhações é não ser reconhecido e respeitado por aquilo que se é, um ser humano, uma pessoa; é ser aniquilado, na fase de maior vulnerabilidade, pela decisão despótica de quem o gerou; é ser vítima da renúncia geral à sua protecção e da conjura comum para o destruir.


Nuno Serras Pereira
11. 01. 2007

9:57 da tarde, janeiro 18, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Sou católica praticante e claro que a Igreja deve ajudar-nos a perceber em que estado está a nossa consciência de pessoas, de humanos, de gente com futuro.
Nenhuma solução para a humanidade passa pela morte; a não ser a morte dos nossos apegos exagerados ao que quer que seja.

Além de católica praticante, amo a Igreja. Que ilumina o caminho que escolhi percorrer porque me ajuda a ver o que Deus quer de mim e a reconhecer o Seu amor.

Não sei que Católicos praticantes são os que estão sempre a fazer e a alimentar intrigas comtra a Igreja. Que olhos são os deles?

Claro que um Católico tem de votar não e claro que a Igreja tem de deixar isso claro e claro que dentro da Igreja há muita gente má, independentemente do lugar que ocupam. Qualquer pessoa que vote sim, defenda o aborto ou leve seja quem for a abortar está contra a Igreja e mente se diz que é praticante. Mente mais ainda se diz que ama Deus.

Fiquem sabendo que quem toma conta das mulheres que sofrem horrivelmente por terem feito aborto(s) é a Igreja. Informem-se: Vinha de Raquel e milhares d einstituições cristãs que defendem a vida e o voto não no dia 11 de Fevereiro.

Por favor, nivelem as coisas por cima e VOTEM NÃO.
AS MULHERES MERECEM MELHOR QUE O ABORTO.

Rita Sousa Rêgo

10:55 da manhã, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Ainda um dia hão-de querer enviar de novo os católicos para as catacumbas. Que seja! Mas que não nos obriguem a rasgar as páginas do Evangelho!

O valor inalienável da vida humana não é matéria de opinião. Muito menos de uma vida inocente e indefesa. É dever grave dos clérigos esclarecer as consciências. E é dever grave de cada um formar rectamente a sua.

Que ela esteja tão ofuscada pelos ares de modernidade que não consiga discernir o bem do mal, é profundamente triste.

3:42 da tarde, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

«A Igreja não o larga» ou você e muitos defensores do «sim» é que não largam a Igreja? A Igreja tem direito a opinião como toda a gente e direito a esclarecer publicamente a sua posição, em proveito daqueles que dela fazem parte e querem conhecer a sua opinião. Ninguém obriga ninguém a ir à igreja. Quem estiver mal ou sentir que o que a Igreja diz lhe fere os ouvidos (ou a consciência), que mude de opinião ou se retire, porque a Igreja lhe dá inteira liberdade para isso.
A questão do aborto nem é uma questão religiosa, mas dá jeito a muita gente visar a Igreja por dá cá aquela palha, em vez de perceber o que está realmente em causa, que é uma lei que nos quer obrigar a todos a sermos coniventes com um crime contra seres humanos que têm, como nós, todo o direito a nascer e lutar pela vida o melhor que puderem com a ajuda de todos nós, inclusive da Igreja, que é quem mais tem feito por isso em Portugal. Talvez seja isso o que mais incomoda tanta gente.

3:46 da tarde, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Era para votar sim mas depois deste excelente forum vou votar NÃO.

4:39 da tarde, janeiro 19, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Acho que falar do Não ao aborto, da luta pela vida, pela defesa do direito à vida de toda e qualquer VIDA humana é e será sempre missão da Igreja Católica. Por isso, nas circunstâncias em que estamos, com o referendo à porta, falar do NÂO é defender a VIDA (por muito que os defensores do sim achem que votar sim é defender a VIDA ainda não consegui entender como é que tornar livre e facilitar, criar condições para o acesso da mulher à morte de um bébé poder ser defender a VIDA). E defender a VIDA é o mesmo que falar de paz. E não falo só daquele "calorzinho interior" aquela paz egoísta, o meu bem estar fechado no meu mundinho que, é o que muitos apenas procuram na religião. Que ela me dê bem estar e me afaque a consciência para estar aqui muito quentinho e quietinho. Não ao aborto é promover a PAZ, a PAZ social, a PAZ que queremos deixar aos nossos filhos... Construir (mais que falar) de PAZ é combater a violência. A violência do aborto para a mãe e para o filho.
E não sendo o aborto uma questão politica (embora às vezes se confunda, por interesse), é missão da Igreja (que são todos os bapizados, logo eu também) ilucidar e guiar todos os seus fièis em relação ao que é a vivência do Evangelho no dia a dia. Na realidade dos nossos Homens, do nosso tempo e do nosso País...

12:45 da tarde, janeiro 23, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Em relação ao primeiro post:

acho que é bom não confundir comportamentos totalmente reprováveis de alguns dos seus representantes (Padres e leigos) com a Igreja.

Claro que na igreja há hipocrisia, péssimos exemplos, gente perversa, gente doente...
Afinal a Igreja é feita de pecadores. E todos nós somos os primeiros a sofrer com esses comportamentos (REPITO: totalmente reprováveis) de alguns dos nossos irmãos que deviam ser exemplo. Somos os primeiros a sofer com isso. E a pedir perdão, como o Papa também fez.
Mas essa é a nossa realidade. A Igreja é constituida por pecadores, onde de pronto me incluo...
lamento que considere o facto da não haver mulheres sacerdotes como um espezinhar, maltratar e até ameaçar a mulher. Na igreja, o lugar maior destaque que alguma vez coube a um ser humano, pertence precisamente a uma mulher: Maria!!!

12:58 da tarde, janeiro 23, 2007  
Anonymous Anónimo said...

e Eu era para votar Não e depois destes tristes argumentos de "católicos" vou votar SIM.

1:37 da manhã, janeiro 28, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Perto da minha casa está um outdoor que diz qualquer coisa como, vou votar não para não financiar com os meus impostos clinicas de aborto. Eu, mulher e mãe de dois filhos muito desejados, digo que vou votar sim porque os meus impostos não servem para pagar lares para crianças abandonadas, processos contra abuso sexual infantil nessas mesmas instituições e mais, não servem para alimentar caprichos desses senhores ricos e hipócritas que nunca viveram num bairro social, que nunca conviveram com a miséria humana, que nunca tiveram ao lado uma mãe (se assim se pode chamar) que punha os filhos a pedir nos semáforos enquanto ela ficava na cama o dia inteiro e quando as crianças não traziam o dinheiro necessário para sustentar os vicios, levavam tareias de tal forma violentas que os gritos desses pobres desgraçados ouvia-se do outro lado da rua. Será que algum dia, alguem se lembrou de perguntar a esses pobres de alma se não preferiam não ter nascido? Que raio de hipócrisia é esta, mas será que andamos a alimentar o ego dessas dondocas estúpidas que dizem a boca cheia que ajudam os pobrezinhos, pois dão as roupas que já não usam para as instituições de caridade! Pois a esses e essas desmioladas convido-os a viver uma semana nas condições miseráveis que muitas crianças vivem e no fim vou ter o prazer de os ouvir dizer, que para isto mais valia não terem nascido.

11:50 da manhã, janeiro 28, 2007  

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